A única coisa mais legal que um laser é um laser de raio-x

Lasers são legais, mas lasers de raio-x são ainda mais. Até agora, os únicos lasers de raio-x que já existiram exigiam tanta energia que suas infraestruturas tomavam o espaço de um estádio — mas um time de cientistas descobriu uma alternativa que cabe na sua sala de estar. Pesquisadores da Universidade do Colorado, em Boulder, […]
Lasers de raio-x.

Lasers são legais, mas lasers de raio-x são ainda mais. Até agora, os únicos lasers de raio-x que já existiram exigiam tanta energia que suas infraestruturas tomavam o espaço de um estádio — mas um time de cientistas descobriu uma alternativa que cabe na sua sala de estar.

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Pesquisadores da Universidade do Colorado, em Boulder, desenvolveram um dispositivo de laser de raio-x de mesa que deve alterar a forma com que os lasers são usados para medir objetos incrivelmente pequenos. Margaret Murnane, uma das pesquisadoras, explica à BBC:

“Devido às ondas de raio-x serem mil vezes mais curtas do que a luz visível e por penetrarem materiais, esses feixes de raio-x coerentes prometem novas habilidades revolucionárias.”

Em um feixe de laser normal os fótons oscilam quase que juntos, uma propriedade conhecida como coerência e que é uma característica definidora de lasers em geral. Alcançar o mesmo feito com raios-x não é muito fácil.

O que os pesquisadores tiveram que fazer, como explicaram à Science, foi disparar pulsos curtos e infravermelhos em nuvens de gás nobre. Na medida em que os pulsos se propagavam eles pegavam os elétrons dos átomos pelos quais passavam, fazendo-os acelerarem antes de retornarem aos seus átomos. O resultado? Muita energia, despejada em fluxos de feixes coerentes de ondas eletromagnéticas, incluindo raios-x.

Mas por que alguém se importaria? Bem, porque pelo comprimento de onda de parte das ondas de raios-x emitidas ser muito mais curto do que o do laser de luz, os feixes podem ser usados para criar imagens de objetos extremamente pequenos.

Antigamente, isso só era possível de ser alcançado com aceleradores de partículas gigantescos — agora, pode ser encontrado nas bancadas dos laboratórios. É um progresso bem real. [Science via BBC. Foto: The Webhamster/Flickr — valeu, Jonathan!]

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