A verdade que não está nesta foto

À primeira vista, esta foto que rodou o mundo de duas pessoas se beijando em meio ao tumulto em Vancouver após um jogo de hóquei parece não fazer sentido. Você instantaneamente pensa que eles são ativistas, seguindo a velha máxima “faça amor, não faça guerra”. Mas será que é isso mesmo? Esta foto, que se […]

À primeira vista, esta foto que rodou o mundo de duas pessoas se beijando em meio ao tumulto em Vancouver após um jogo de hóquei parece não fazer sentido. Você instantaneamente pensa que eles são ativistas, seguindo a velha máxima “faça amor, não faça guerra”. Mas será que é isso mesmo?

Esta foto, que se tornou viral graças ao Twitter e os vários sites de notícias que cobriram a revolta em Vancouver, na verdade não é tudo o que parece ser. Uma testemunha conta uma história completamente diferente sobre a foto e os eventos daquela noite.

Falando ao Vancouver Sun, a testemunha, chamada William, disse:

“A garota foi derrubada e caiu de cabeça no pavimento, com seu namorado caindo parcialmente em cima dela. Ela estava visivelmente com dores, chorando, mas os dois policiais deram um empurrão e seguiram caminho. Transeuntes foram ter certeza de que ela estava bem.

Estes bondosos transeuntes podem ser vistos nesta outra foto, com o namorado ainda caído junto à sua namorada, que levou a mão à boca, como se estivesse chorando.

Mesmo o fotógrafo responsável pela agora mundialmente famosa imagem, Richard Lam, admite que “inicialmente eu pensei que um deles estava machucado”. Foi o seu editor que, no entanto, entendeu que eles estivessem se beijando, e não machucados:

“Eu sabia que havia capturado um ‘momento’ quando capturei as silhuetas contra o plano de fundo caótico, mas foi só depois, quando eu voltei à redação para arquivar as minhas fotos, que o meu editor notou que o casal não estava machucado, mas se beijando.”

Lam deveria ter confiado nos seus instintos, se a outra imagem e os relatos de testemunhas forem verdadeiros. O homem na foto supostamente é um australiano de 29 anos chamado Scott Jones, que foi transferido para Vancouver a trabalho por seis meses. Segundo a sua irmã, ele escreveu no Facebook: “clássico! Isso foi logo depois que a tropa de choque nos atropelou, por isso naturalmente a Alex precisou de um pouco de conforto”, o que é um tanto ambíguo – não ajudando a decidir se era um beijo ou ato de socorro a alguém ferido.

O que você acha? [The Guardian]

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