Você sabe que as abelhas estão passando por um período difícil quando uma pesquisa descobre que apicultores profissionais perderam 33,2% das suas colônias este ano e que a estatística é considerada uma melhoria significativa em relação à década passada.
• Cientistas estão criando abelhas-drones para combater nossa crise de polinização
• Já ameaçadas, as abelhas agora têm outro inimigo com que se preocupar: fungicidas
As populações de abelhas ao redor do mundo estão em declínio há anos devido diversos problemas que são extremamente difíceis de serem consertados. Desenvolvimento urbano, inseticidas, fungicidas, doenças, mudança climática e muitos outros fatores têm sido determinados como responsáveis pela morte das populações. Esta semana, a organização sem fins lucrativos Bee Informed Partnership e a Apiary Inspectors of America publicaram a pesquisa anual com 4.963 apicultores dos Estados Unidos e parece que ainda temos um problema. Mas tem sido um ano ligeiramente melhor para nossas amiguinhas que são vitais para a polinização.
A perda de um terço das colônias de abelhas produtoras de mel nos EUA entre abril de 2016 e março de 2017 representou a segunda taxa mais baixa dos últimos sete anos. Na média, durante a última década, cerca de 40% das colônias foram perdidas a cada ano. “É uma boa notícia com o fato que esses números abaixaram, mas certamente não é um quadro muito bom”, disse o diretor da pesquisa, Dennis vanEngelsdorp, à CBS News. “Passou de horrível para triste”.
O governo dos Estados Unidos tem um objetivo oficial de abaixar as taxas de perda de colônias durante o inverno para 15% anualmente. A perda de 21% no inverno deste ano foi a menor desde que a pesquisa começou, em 2006.
É possível que a melhoria desses problemas esteja surgindo. VanEnglesdorp, que também é entomologista da Universidade de Maryland, acredita que um novo produto para combater o ácaro Varroa destructor seja uma das principais razões para os melhores números deste ano. Os ácaros têm sido um fator chave no que é referido comumente como “distúrbio do colapso das colônias”, porque eles carregam um vírus que deforma as asas das abelhas.
Uma colônia morte pode potencialmente ser ressuscitado pelos apicultores, mas exige trabalho extra e menos produtividade. Os custos relacionados com a tentativa de manter uma colônia viva geralmente é passada para os fazendeiros americanos que dependem das abelhas para polinizar safras com o valor equivalente a US$ 15 bilhões por ano. É um problema difícil porque colônias próximas de abelhas que não estão saudáveis ameaçam aquelas que estão. “Para manter abelhas saudáveis, você precisa de um bom ambiente e você precisa de uma vizinhança que as mantenham saudáveis”, disse Nathalie Steinhauer, líder de coleta de dados da pesquisa, ao USA Today. “A saúde da abelha é uma questão comunitária”.
E infelizmente, todas as vezes que algum tipo de progresso parece ter sido feito para evitar que esses problemas afetem as abelhas, outra ameaça é descoberta.
[Bee Informed via USA Today, CBS News]
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