Os feriados de fim de ano podem ser uma época difícil para aqueles que estão verdadeiramente casados com seus trabalhos mas também têm uma pessoa que amam durante o tempo livre. Para esse grupo existe o Kissenger, um acessório para smartphones que permite enviar beijos em tempo real, por videochamadas.
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O dispositivo, batizado da junção de “Kiss” (beijo) e “Messenger” (mensagem), é bem simples. É um pouco maior do que uma capinha de proteção e tem um “lábio” de silicone na parte de baixo. Sensores de força de alta precisão registram os movimentos dos lábios do usuário e atuadores lineares em miniatura replicam os movimentos no dispositivo da pessoa beijada.
É fácil imaginar que o dispositivo façam as pessoas se sentirem crianças de novo, sempre antecipando o momento do beijo. Uma conversa esquisita sobre como foi o voo, enquanto os olhos se viram para o bloco gigante de silicone.
Mas o Kissenger é mais do que uma simples forma de manter a intimidade. Emma Yann Zhang, criadora do dispositivo, o apresentou essa semana durante a conferência Love and Sex with Robots. Ela acredita que os humanos vão se tornar cada vez mais íntimos da inteligência artificial ou robôs e que a possibilidade de compartilhar um beijo pode ser um fator importante nesse vínculo. Ela também deixa claro que “esta pesquisa não tentará concluir se é eticamente aceitável ter relações íntimas com robôs”.
Assim como qualquer tecnologia de comunicação, o projeto também trata de colher dados. Os pesquisadores irão guardar estatísticas sobre a pressão sanguínea e o ritmo cardíaco em testes de laboratório, para ver se os usuários são afetados da mesma forma de quando dão um beijo verdadeiro. E no futuro, os criadores do Kissinger esperam passam no teste de Turing. Será que os participantes do estudo conseguirão dizer quais são as diferenças entre um beijo de uma pessoa e um beijo de uma simulação computacional?
O Kissinger é o projeto de PhD de Zhang e ela planeja continuar sua pesquisa na City University, em Londres, no laboratório de Adrian Cheok. Provavelmente deve demorar um bom tempo até que o produto seja disponibilizado para os consumidores.
Imagem: Emma Yann Zhang