O nível das águas continua alto em Porto Alegre e está alagando áreas que não tinham sido atingidas até o momento. O Rio Grande do Sul vive uma situação de emergência, com mais de 80% dos municípios afetados pelas fortes chuvas.
De acordo com um estudo feito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em conjunto com a empresa RHAMA Analysis, os cenários de previsão reafirmam cheia duradoura.
Gráfico com o nível de água do Rio Guaíba
Segundo o boletim que apresenta o gráfico com o nível de água do Guaíba , são previstos elevações acima de 5 metros do Rio Guaíba, localizado na região metropolitana de Porto Alegre.
As principais preocupações agora seguem sendo a duração das alturas das águas e as possibilidades de repiques em função de novas chuvas ou efeito do vento.
Além disso, a universidade recomenda ações imediatas na busca de soluções para reestabelecimento de infraestruturas de serviços essenciais como abastecimento d´água e manejo de resíduos sólidos.
Crise no Rio Guaíba
As tragédias das chuvas no Rio Grande do Sul provocaram 95 mortes até agora, sendo que quatro casos estão em avaliação.
O governador Eduardo Leite confirmou que 131 pessoas estão desaparecidas. Pelo menos, 401 cidades foram afetadas, o que representa 80,6% do total de 497 cidades gaúchas.
Dessa forma, em entrevista à imprensa nesta terça-feira (7), o governador classificou a situação de “catástrofe”. Além disso, 48.799 pessoas deixaram suas casas e estão em abrigos.
No entanto, o governo contabiliza um total de 159.036 cidadãos na condição de desalojados. O desastre deixou, até o momento, 1,4 milhão de pessoas afetadas pelo desastre. O Rio Grande do Sul tem 10,8 milhões de habitantes, segundo o censo de 2022 do IBGE.
PF vai investigar fake news
A Polícia Federal anunciou que irá investigar a divulgação de fake news sobre ações dos governos federal, estaduais e municipais nas enchentes do Rio Grande do Sul.
Assim, o pedido de abertura da investigação foi feito pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.
De acordo com o Ministério da Justiça, a investigação irá apurar ilícitos ou eventuais crimes relacionados à disseminação de desinformação e individualização de condutas.
Em parceria com a Advocacia-Geral da União (AGU), serão acionados órgãos competentes para ações judiciais de responsabilização dos culpados.