Na última quinta-feira (15), a Xbox Game Studios revelou que não produzirá mais jogos para o Xbox One, voltando suas atenções exclusivamente para os consoles Xbox Series S e X. O anúncio foi feito durante entrevista com o chefe da produtora, Matt Booty, ao site Axios. Com a notícia, o ciclo do console lançado em 2013 está perto do fim.
Segundo Booty, o estúdio continuará mantendo suporte para games da empresa, como “Minecraft” e “Halo Infinite”, no Xbox One. Porém, nenhum dos 23 estúdios (que inclui nomes como Bethesda e Rare) estão trabalhando em novos títulos ou mesmo ports para o console antigo.
Booty afirma, porém, que ainda será possível rodar games exclusivos da nova geração no Xbox One pela nuvem, por meio do serviço Xbox Game Pass Ultimate. Essa seria uma maneira de estender o suporte e não deixar os gamers na mão.
O fato é que os indícios já mostravam que a Microsoft tomaria essa decisão. No evento mais recente da empresa, o Xbox Games Showcase, nenhum jogo anunciado para Xbox One era exclusivo, como o aguardado “Starfield“.
Xbox Series S na berlinda?
Durante a entrevista, o chefe do braço de games da Microsoft também comentou sobre a suposta reclamação de alguns estúdios com a exigência de que todos os jogos devem ser compatíveis tanto com o Xbox Series S quanto com o Series X.
O Xbox Series S é o modelo mais barato dos consoles da nova geração da empresa. Seu processador é mais lento do que o do Xbox Series X e sua memória RAM é de 10 GB (contra 16 GB da versão mais parruda). Já a resolução máxima é de 1440p, embora a maioria dos jogos rode no máximo a 1080p.
“É mais trabalho? Com certeza”, disse Booty sobre a obrigatoriedade de criar duas versões do mesmo jogo. “Mas eles podem se planejar melhor, sabendo onde estão os pontos de maior dificuldade.”
Nesse sentido, Booty também disse que a empresa vem aumentando os prazos para desenvolvimento de grandes lançamentos, dizendo que “agora são quatro, cinco e até seis anos” de produção. “As expectativas são altas. O nível de fidelidade que podemos atingir só aumenta”, comentou.
Formado em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero. Já passou pelas redações da Editora JBC, São Paulo Shimbun, Folha de S. Paulo e Portal R7. Prefere o lado alternativo das coisas, de música a futebol.
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