Amazon no Brasil: ficou para 2013. Por quê?
Se estava em seus planos comprar uns Kindles nacionais baratinhos para dar de presente no Natal, é hora de refazer a lista do Papai Noel. A Amazon, que planejava iniciar suas operações no Brasil agora, no começo de setembro, tem um novo prazo. Se tudo correr bem, a loja virtual só estreará por aqui em meados de 2013.
O Brasil Econômico apurou a nova data limite para o início das operações da Amazon no Brasil: junho de 2013. Os motivos do adiamento, segundo a publicação, foram dois: a falta de um depósito para armazenar os produtos que serão vendidos (a princípio, todos de pequeno porte) e dificuldades em fechar contratos com editoras nacionais. É esperado que a Amazon aposte forte no Kindle e nos ebooks por aqui — e no caso dos últimos, que dispensam locais físicos de armazenamento, pode ser que as vendas tenham início ainda em 2012.
Com o novo prazo distante, a Amazon botou o pé no freio e agora avalia com calma os possíveis locais onde terá seu depósito. Representantes da empresa visitaram instalações no interior de São Paulo e consideram, também, o aluguel de algum local que estiver pronto no primeiro trimestre de 2013. A estimativa dos executivos é vender 4,8 milhões de itens no ano que vem, coisas como Kindles, CDs, DVDs, livros, jogos e programas de computador.
Pelo menos Jeff Bezos teve uma boa notícia vinda do Brasil: o domínio amazon.com.br agora é propriedade da sua empresa. Até então, ele pertencia à Amazon Corporation, empresa do Pará que fabrica computadores. O ganho de causa veio após uma batalha de sete anos (!) nos tribunais. O novo endereço da Amazon brasileira é amazonnet.com.br.
Ninguém achava que seria fácil para a Amazon se inserir no Brasil e já comentamos aqui que os desafios seriam grandes — para vencer a resistência das editoras e emplacar na venda de bens físicos, uma área com tanto potencial e tão mal explorada pelos players nacionais. Esses atrasos podem significar um zelo extra, um cuidado para entrar com o pé direito e fazendo a coisa certa desde o início. As parcerias com editoras, lá fora, foram cruciais para que o Kindle emplacasse. A primeira fase, com itens simples à venda, é vista pela sede como uma fase de testes; se as expectativas forem alcançadas, aos poucos novos produtos chegarão até completarem as 34 categorias de produtos comercializadas nos EUA. Será que vai ter barril de 200l de lubrificante à venda por aqui também? [Brasil Econômico. Foto: Noelas/Flickr]