Ciência

Amostra de asteroide Bennu é 70 mil vezes mais valioso do que ouro

Um punhado do asteroide Bennu custa cerca de US$ 4,7 milhões por grama (cerca de R$ 23,5 milhões), segundo estimativas. Veja mais

Além do seu valor inestimável para a ciência, a amostra do asteroide Bennu, trazida para Terra em setembro, poderia ser vendida a peso de ouro. Ou melhor, 70 mil vezes mais caro que o ouro.

Duvida? Vamos a uma conta rápida. Um punhado de asteroides custa cerca de US$ 4,7 milhões por grama (cerca de R$ 23,5 milhões). Isso é cerca de 70 mil vezes o preço do ouro, que custa em média US$ 60 por grama (R$ 300).

A estimativa do valor do Bennu foi feita ao site The Conversation pelo cientista da Universidade do Arizona, nos EUA, Chris Impey.

A NASA trouxe um fragmento do Bennu com cerca de 250 gramas. Esta é a maior amostra de asteroide já coletada no espaço – e a mais densa em carbono.

O Bennu é um asteroide de 487 metros de largura que orbita o Sol relativamente perto da Terra. Ele é considerado um asteroide carbonáceo (rico em carbono).

Além disso, ele está atualmente classificado em segundo lugar na lista de asteroides potencialmente perigosos para a Terra. Assim, estima-se que ele tenha uma chance em 1800 de atingir nosso planeta nos próximos 300 anos.

O que os cientistas querem descobrir com o asteroide Bennu

A OSIRIS-REx foi lançada há sete anos e trouxe para a Terra um pedaço do asteroide Bennu. A viagem para a nave encontrar Bennu levou dois anos para ser concluída. A partir daí, foram mais dois anos orbitando o asteroide e mais dois anos até conseguir coletar um fragmento da rocha.

A órbita de Bennu está a 168 milhões de quilômetros do Sol. Já a da Terra está 149 milhões de quilômetros – o que, em termos astronômicos, não é uma diferença assim tão grande.

Obter fragmentos do asteroide é importante porque análises desse material rochoso espacial podem revelar muito sobre os primeiros dias do Sistema Solar. Assim, é possível até mesmo esclarecer como a vida começou aqui na Terra.

Por isso, é importante aprender o máximo sobre a dinâmica orbital, que dita seus movimentos futuros. E se há risco de que ele passe perto demais de nosso planeta num futuro próximo.

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Gabriel Andrade

Gabriel Andrade

Jornalista que cobre ciência, economia e tudo mais. Já passou por veículos como Poder360, Carta Capital e Yahoo.

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