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[Review] Android 2.3 Gingerbread: melhor que panetone

É difícil acreditar que o Android era assim dois anos atrás. Isto mostra o quanto ele caminhou para que o Android 2.3 seja focado em melhorar a experiência de uso do sistema, mais que qualquer outra coisa. Especificações: Versão: Android 2.3 Celulares: Nexus S, por enquanto Quando estará disponível: nos próximos meses Preço: atualização gratuita […]

É difícil acreditar que o Android era assim dois anos atrás. Isto mostra o quanto ele caminhou para que o Android 2.3 seja focado em melhorar a experiência de uso do sistema, mais que qualquer outra coisa.

Especificações:

Versão: Android 2.3
Celulares: Nexus S, por enquanto
Quando estará disponível: nos próximos meses
Preço: atualização gratuita

O Android evoluiu mais agressivamente e mais rapidamente que qualquer outra plataforma móvel. Mas agora ele chegou num ponto de maturidade, e você pode ver isso no Gingerbread: a novidade do Android 2.3 é só refinamento. Não funções novas ou só coisas. Este é o Android onde o Google resolveu parar, e usou o tempo para pensar no visual do sistema, e como ele responde.

A ironia, claro, é que a maior parte do trabalho cuidadoso de design que foi empregado no Android 2.3 jamais será visto por uma boa parte de usuários do Android. O design definitivo do Android não será usado pelos que usam aparelhos cobertos em personalizações proprietárias. Existem poucos aparelhos onde você pode obter a experiência real do Android – Nexus One, HTC G2 e o Nexus S – apesar de ser indubitavelmente melhor que qualquer coisa que as fabricantes estão fazendo hoje em dia.

A experiência básica do Android mudou pouco em relação ao Android 2.2: tudo funciona praticamente da mesma forma. O que mudou? Tudo está mais fluido, mais rápido, e pela primeira vez parece que foi uma pessoa só que trabalhou na interface do Android, e não um comitê. Tem detalhes! O brilho laranja quando você chega ao final de uma lista. O desligamento à moda de TVs CRT quando a tela é desligada, São pequenas coisas, mas que criam um celular com uma sensação simplesmente melhor – mesmo com alguns momentos difíceis no Android (e há alguns). E metade da batalha com a interface está fazendo o sistema dar uma sensação ótima. (É por isso que, apesar de todas as falhas, as pessoas gostam do Windows Phone 7.) A melhora de velocidade em relação ao 2.2, apesar de sutis, fazem diferença. É a primeira vez que o Android chegou ao nível de agilidade do iPhone 4. Por outro lado, é quase irreal que demorou dois anos para ter as melhores coisas de um smartphone no Android.

Rápido, rápido, rápido. Ainda estou amando a nova interface superplana, laranja e verde e preta, mesmo depois de dias – me faz lembrar de Tron. Coisas como o app de Downloads para coletar tudo o que baixei. O novo teclado não me faz querer arranhar meus dedos pelo vidro. O Android ainda é o OS mais conectado que existe, sem sombra de dúvida. Os principais componentes da experiência Google – como o Gmail e o Maps – estão separados do sistema, para poderem ser atualizados individualmente, em vez de esperar pela próxima versão do sistema.

Ainda um pouco confuso e semelhante a um PC para algumas pessoas, mesmo que o visual esteja melhorado. O Market não está tão melhor assim de se navegar. Não há suporte nativo a videochat! Loucura! Principalmente porque o Google tem o Google Talk, e o novo dispositivo definitivo com Android, o Nexus S, tem uma câmera frontal. A experiência de mídia do Android ainda é muito fraca, comparada ao iPhone, desde colocar música nele (desculpa, mas arrastar e soltar não é gerenciar música) até o player de música melhorado, mas ainda medíocre – e só porque posso baixar o WinAmp não quer dizer que a experiência padrão do Android tem que ser ruim.

O Android 2.3 está quase onde precisa estar para o Android dar o próximo passo: o básico, a visão, o visual (na maior parte) estão aqui, finalmente. Agora é hora de trazer aquelas novidades incríveis que o Google prometeu a seguir.


Imagem por Sam Spratt.

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