Anvisa aprova importação de vacina contra varíola dos macacos

Decisão unânime aprovou importação e utilização da vacina e remédio contra a varíola dos macacos no Brasil. Efeito é de seis meses
Anvisa aprova importação de vacina contra varíola dos macacos
Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Reprodução

O Brasil poderá importar e usar a vacina e remédio contra a varíola dos macacos em breve, definiu a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) nesta sexta-feira (26). 

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Foram duas decisões unânimes: uma autorizou a dispensa de registro para o Ministério da Saúde importar a utilizar a vacina Jynneos/Imvanex; a outra fez o mesmo com o medicamento Tecotirimat, que trata a doença. 

A autorização da vacina se aplica à Jynneos, dos EUA, e Imvanex, da EMA (Agência Europeia de Medicamentos). Apesar de ser o mesmo imunizante, o produto tem nomes diferentes. 

As doses possuem uma forma atenuada não replicante do vírus Vaccínia Ankara modificado (MKA), relacionado com o agente infeccioso da varíola. Na prática, o patógeno não consegue se reproduzir e causar a doença em quem recebe o imunizante. Já o antiviral pode controlar os danos da varíola dos macacos em pacientes de maior risco, como imunossuprimidos. 

Segundo a Anvisa, as vacinas devem ser aplicadas em adultos com mais de 18 anos. Já o antiviral pode ser oferecido a adultos, adolescentes e crianças com peso mínimo de 13 kg. 

A decisão se baseou no relatório do Food and Drugs Administration (Anvisa dos EUA), EMA e Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido. Tanto a autorização da vacina quanto a do Tecotirimat valem por seis meses. 

Monkeypox no Brasil

O Brasil já soma mais de 4,1 mil casos de varíola dos macacos. Há registro de uma morte pela doença. O maior número de contaminados está em São Paulo, com 2.640, segundo levantamento do Ministério da Saúde de quarta-feira (24). 

Não há estudos clínicos para criar uma vacina ou antiviral brasileiro contra a varíola dos macacos. O país também não possui nenhum remédio já registrado pela Anvisa com indicação de tratamento à doença. 

O vírus causa febre, dor de cabeça forte, inchaço nos linfonodos (ínguas), dor nas costas, dores musculares e cansaço extremo. 

A transmissão se dá por contato físico pele a pele com lesões. Também pode acontecer via objetos contaminados por pessoas infectadas. 

Julia Possa

Julia Possa

Jornalista e mestre em Linguística. Antes trabalhei no Poder360, A Referência e em jornais e emissoras de TV no interior do RS. Curiosa, gosto de falar sobre o lado político das coisas - em especial da tecnologia e cultura. Me acompanhe no Twitter: @juliamzps

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