Apertem os cintos: China libera viagens de “carro voador” sem piloto
A China está bastante adiantada na liberação de carros voadores no país. Na semana passada, a fabricante AutoFlight recebeu autorização para colocar no céu o eVTOL (veículo elétrico de decolagem e pouso verticais) chamado Prosperity. O destaque, contudo, fica para a capacidade da aeronave de voar sem ter um piloto.
Desde 26 de abril, a empresa vinha aguardando a obtenção do certificado de aeronavegabilidade para o veículo. O documento é essencial para garantir a segurança das aeronaves durante os voos, sendo também necessária para operar o veículo comercialmente no país.
A aprovação veio no dia 4 de maio para permitir o uso do eVTOL como um táxi voador. O objetivo da AutoFlight é utilizar o Prosperity em viagens aéreas de curtas distâncias tanto nas cidades quanto intermunicipais. Outra missão da empresa, aliás, é baratear o serviço para competir com os aplicativos de transporte terrestres.
Com capacidade para cinco pessoas e peso máximo de 2,2 toneladas, o Prosperity conta com sistema de propulsão elétrico que permite a decolagem e o pouco verticais, assim como um helicóptero.
A trajetória do carro voador Prosperity até a certificação na China
Em 22 de março, o sistema de aeronaves não tripuladas CarryAll, desenvolvido de forma independente pela AutoFlight, obteve o Certificado de Tipo (TC) emitido pela Administração de Aviação Civil da China (CAAC). Com isso, os eVTOL da marca se tornaram as primeiras aeronaves do mundo acima de uma tonelada com o certificado.
Já em fevereiro, a AutoFlight realizou o primeiro voo de demonstração de carro voador elétrico intermunicipal entre as cidades de Shenzhen e Zhuhai, no sul da China. O Prosperity voou de forma autônoma a rota de 50 km em 20 minutos — viagem que exigiria até três horas de carro.
Assista, a seguir, ao vídeo do voo de testes do carro voador Prosperity, na China:
Vale mencionar que a rota entre Shenzhen e Zhuhai faz parte do futuro cenário de tráfego aéreo planejado pelo governo da China. A ideia, aliás, é investir em uma “economia de baixa altitude”, abrindo milhares de vertiportos e centenas de rotas aéreas para eVTOL em toda a Grande Baía, no sul do país.