Na manhã desta quinta-feira (19), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou uma reunião com o ministro da Educação, Camilo Santana, e reitores de universidades e institutos federais. As discussões foram animadoras, principalmente para aqueles que fazem ciência no Brasil.
Entre os pontos discutidos, estava o reajuste das bolsas da Capes e do CNPq. Os novos valores ainda não foram revelados, mas devem ser anunciados pelo presidente até o final de janeiro. Assim que publicados, a nova remuneração já entrará em vigência.
O último reajuste ocorreu em 2013, durante o governo de Dilma Rousseff, quando as bolsas de mestrado passaram para R$ 1,5 mil e de doutorado para R$ 2,2 mil. Esses são os salários mensais recebidos pelos pesquisadores brasileiros até os dias de hoje.
As autoridades também discutiram a evasão de universitários e a importância da assistência estudantil. Segundo o Censo da Educação Superior, 54% dos alunos abandona as universidades públicas e gratuitas, o que mostra que a mensalidade não é o único problema dentro da educação.
Outro tema levantado foi a autonomia da comunidade acadêmica em escolher o reitor que represente cada instituição. O presidente não é obrigado a seguir a lista tríplice levantada pelos professores, mas essa é uma tradição respeitada há tempos.
No entanto, o ex-presidente Jair Bolsonaro desrespeitou a regra implícita durante eleições da Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 2021. Quem subiu ao poder foi Carlos André Bulhões Mendes, que havia ficado em terceiro lugar com apenas três dos 77 votos.
Também foi atualizado durante a reunião o número de obras em andamento em instituições de ensino no país. Segundo Camilo Santana, “temos 256 obras paralisadas nas universidades e 76 obras paralisadas nos institutos federais, somadas a quase 3.700 obras do FNDE, que vão desde creches às escolas”.