Enquanto o Brasil enfrenta seguidas ondas de calor, do outro lado do mundo, na China, o frio está batendo recordes. Nesta quinta-feira (21), as baixas temperaturas ficaram ainda mais extremas no país, evidenciando as mudanças climáticas extremas de 2023.
Segundo uma publicação do escritório meteorológico nacional nas redes sociais (via Phys), mais de 20 locais registraram mínimos históricos no mês de dezembro nas primeiras horas de hoje. A lista inclui a cidade de Hohhot, que alcançou -29,1 graus Celsius, a menor temperatura em quase 70 anos.
Além disso, as autoridades emitiram um alerta de frio numa vasta área do norte, leste e sudeste da China. O último verão no país também teve recorde de altas temperaturas, bem como inundações devastadoras em todo o norte.
Anteriormente, nesta quarta-feira (20), foram cinco locais com temperaturas mínimas históricas, de acordo com a instituição, incluindo -33,2°C em Datong, no norte do país. Já na segunda-feira (18), na província de Gansu, no noroeste, um terremoto matou mais de 130 pessoas e deixou os sobreviventes em tendas improvisadas ao ar livre.
Até o centro financeiro de Xangai, na costa leste chinesa, lugar tradicionalmente mais quente no país, tem passadoos dias mais frios em 40 anos. São temperaturas em torno dos cinco graus negativos.
Segundo reportagem da agência Reuters, a faxineira Wang Kaiyun, do centro de Xangai, que anda pela cidade em uma scooter elétrica, disse que a temperatura era menos 5ºC nesta quinta-feira (21). “Mesmo usando luvas, eu rapidamente perdi a sensibilidade nas mãos e elas ainda estão doloridas agora”, disse Wang para a Reuters.
Especialistas afirmam que o aquecimento global, causado pelas emissões de gases com efeito de estufa, facilita as condições meteorológicas extremas.