Desde seu lançamento, em abril de 2021, o AirTag, da Apple, gera preocupações relacionadas a segurança dos usuários. O aparelho é uma espécie de botão com 3 centímetros de tamanho, cujo objetivo é ajudar as pessoas encontrarem seus objetos, por exemplo, chave, mochilas, malas perdidas.
O pequeno botão funciona usando diversos tipos conexões e sinais com GPS para registrar o posicionamento do item perdido. Mas isso trouxe o risco de que alguém pudesse usá-lo também como sistema para localizar pessoas. Uma matéria da BBC apontou que pelos menos 6 mulheres descobriram estarem sendo assediadas com a ajuda do aparelho.
Uma das vitimas foi Amber Norsworthy, de 32 anos, moradora do Mississipi, nos EUA. Na entrevista, ela contou que no dia 27 de dezembro, ao chegar em casa, recebeu notificações em seu celular e logo estranhou, pois, o barulho da notificação era diferente.
A notificação dizia que um dispositivo desconhecido estava seguindo seus movimentos. A jovem abriu o aplicativo “Find My” em seu iPhone e veio o susto.
“O aplicativo me mostrou toda a minha rota. Dizia ‘a última vez que o proprietário viu sua localização foi às 15h02’ e eu pensei: ‘isso é agora, estou em casa’”.
Preocupada, ela ligou para a polícia, que segundo ela, disse não saber o que fazer. Norsworthy ainda não sabe exatamente onde o dispositivo está, mas acredita que tenha sido colocado em seu carro.
Como a notificação veio em seu iPhone, a jovem procurou o suporte da Apple para entender o que estava acontecendo e a empresa confirmou que se tratava de um AirTag.
Além dela, pelo menos mais 5 mulheres nos EUA teriam sido rastreadas pelo dispositivo de localização. Para a BBC, a Apple disse, que “leva a segurança do cliente muito a sério e está comprometida com a privacidade e a segurança do AirTag”.
Há uma preocupação crescente de que os dispositivos possam estar estimulando uma nova forma de perseguição — algo que grupos de privacidade previram que poderia acontecer quando a Apple lançou os dispositivos no ano passado.