Com as vendas do iPhone sem crescer como o esperado nos Estados Unidos e China, a Apple começa a sinalizar uma mudança de estratégia. E essa nova direção envolve olhar para mercados emergentes, como Índia e países da América Latina.
A nova abordagem, segundo apontou uma reportagem publicada pela Bloomberg vem após a divulgação dos dois últimos balanços trimestrais, que foram negativos. O último apontou um lucro de US$ 94.8 bilhões, 3% a menos do que o mesmo período do ano passado. A América do Norte, Japão, e, sobretudo, a China, ajudaram a puxar esse total pra baixo.
Desse total, US$ 51.33 bilhões vieram das vendas de iPhones, que são, de longe, o carro chefe da marca. Foi a maior receita no primeiro trimestre do ano.
Na contramão do resultado negativo a nível global, o CEO da Apple, Tim Cook, apontou países que tiveram seu melhor trimestre em vendas em muito tempo. A lista inclui como México, Indonésia, Filipinas, Arábia Saudita, Turquia e Emirados Árabes.
No caso específico de Malásia, Brasil e Índia, os meses entre janeiro e março de 2023 representaram o melhor quadrimestre da história. “Nós não podemos estar mais orgulhosos pelos resultados que tivemos nesses países”, disse Cook.
A Índia, especialmente, parece ser o foco imediato. Como destacou a Bloomberg, o nome do país asiático foi mencionado cerca de 20 vezes durante a conferência que apresentou os resultados dos balanços da empresa. A Apple abriu suas primeiras lojas oficiais de retail por lá apenas recentemente.
“O que vejo na Índia é muita gente entrando na classe média, e espero que possamos convencer algumas delas a comprar um iPhone”, disse ele. “Eu realmente sinto que a Índia está em um ponto crítico”, disse Luca Maestri, CFO da Apple.
