Apps de FBI e Interpol liberam acesso a banco de dados de arte roubada
O FBI e a Interpol, duas das principais agências de segurança do mundo, têm aplicativos para que a população ajude a recuperar obras de arte que foram perdidas ou roubadas.
Só o NSAF (Arquivo Nacional de Arte Roubada), do FBI, reúne mais de 8 mil itens que precisam ser encontrados em seu banco de dados. Por enquanto, porém, o aplicativo listou apenas 4 mil objetos, na maioria das vezes acompanhados de imagens.
Os itens vão desde aquarelas até geladeiras. Para ajudar na identificação, os usuários podem examinar as listas e compará-las com os itens que possuem, já viram ou que pensam em comprar. Se houver algo suspeito, basta acionar o FBI.
Já o app da Interpol, lançado em 2021, permite ao público acessar o banco de dados com mais de 52 mil obras roubadas. Ali, usuários também podem realizar pesquisas reversas – ou seja, verificar pela imagem se o artigo valioso está desaparecido, ou não.
“Nos últimos anos, testemunhamos o saque sem precedentes por terroristas da herança cultural de países decorrentes de conflitos armados, saques organizados e limpeza cultural”, disse o secretário-geral da Interpol, Jürgen Stock, à época do lançamento do app.
Só o app da Interpol reúne 385 obras de arte roubadas do Brasil. Entre elas há pinturas, imagens sacras históricas e manuscritos de grandes autores, como Manuel Bandeira, Mário de Andrade e Fernando Sabino. Há, ainda, um diadema Akangatar, feito com penas da cauda de japu por indígenas Ka’apor.
Como acessar
Para verificar as obras roubadas no Brasil e no mundo via aplicativos do FBI e da Interpol, acesse os seguintes links:
- ID-Art (Interpol): disponível gratuitamente no Google Play e App Store.
- FBI National Stolen Art File (FBI): disponível gratuitamente no Google Play e App Store.