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Areia de Marte é verde e vermelha, mostra a SuperCam do Perseverance

Análises do rover apontam que as rochas ígneas da cratera Jezero, em Marte, possuem grãos de olivina, um mineral de cor esverdeada também encontrado na Terra; entenda o que isso representa

Areia de Marte é verde e vermelha mostra a SuperCam da Perseverance

Imagem: Perseverance/NASA/Reprodução

Marte pode não ser do jeito que você pensava. O apelido de planeta vermelho faz jus ao corpo celeste, mas ignora o fato de que sua superfície pode sim apresentar outras cores. 

Um novo estudo publicado na revista Science Advances sugere que Marte possui uma espécie de areia verde na Cratera Jezero. As observações foram feitas com o equipamento SuperCam do rover Perseverance, da NASA.

Quando o robô da NASA pousou no planeta, os cientistas esperavam encontrar, principalmente, rochas sedimentares amontoadas no fundo do antigo lago que se formava em Jezero. Porém, o que eles capturaram foram rochas ígneas (de origem vulcânica), muitas compostas por grãos de olivina – um mineral de cor esverdeada.

Como explicou Briony Horgan, professor da Purdue University, nos EUA, e autor do estudo, o achado mostrou porque esse tipo de exploração é necessária. “As ferramentas que temos no rover são vitais porque era impossível entender a origem dessas rochas até chegarmos perto e usarmos todos os nossos incríveis instrumentos microscópicos para observá-las”, completou em comunicado.

As rochas magmáticas de Marte, como também são chamadas, têm quase quatro bilhões de anos. Elas são parecidas com aquelas que existiam nos primórdios da Terra, mas estão menos gastas. Por aqui, os pedregulhos sofreram com o vento, água, movimento de placas tectônicas e até mesmo com a intervenção humana. 

O principal objetivo da missão Perseverance é buscar por traços de vida em Marte, e as novas observações podem ajudar nessa tarefa. Além disso, a existência de rochas similares as da Terra em outro planeta permite aos pesquisadores realizar comparações com a vida primitiva e as condições da Terra no passado, compreendendo ainda mais nossos próprios processos biológicos.

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