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Arm quer equipar notebooks e promete desafiar domínio de Intel e AMD

A arquitetura de processadores da Arm já está no seu celular há alguns anos. Agora, a empresa também quer equipar seu próximo notebook. Os planos para os próximos anos, divulgados na semana passada, incluem superar o desempenho das CPUs da Intel voltadas para notebooks. (A título de esclarecimento: usamos “Arm”, só com a inicial maiúscula, […]

A arquitetura de processadores da Arm já está no seu celular há alguns anos. Agora, a empresa também quer equipar seu próximo notebook. Os planos para os próximos anos, divulgados na semana passada, incluem superar o desempenho das CPUs da Intel voltadas para notebooks.

(A título de esclarecimento: usamos “Arm”, só com a inicial maiúscula, para falar da empresa Arm Holdings, e “ARM”, com todas as letras maiúsculas, para nos referir à arquitetura de chips.)

Materiais divulgados pela Arm preveem que a microarquitetura Cortex-A76, a ser lançada ainda este ano, com processos de fabricação de 10 nm e 7 nm, deve bater o desempenho do Intel Core i5 7300U, CPU que usa processo de 14 nm e equipa laptops. A Arm promete um desempenho 35% superior em relação à geração atual.

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A principal diferença entre a arquitetura ARM, presente na grande maioria de smartphones e tablets, e a arquitetura x86, usada por Intel e AMD em computadores e laptops, está no conjunto de instruções.

Explicando de modo bem resumido, processadores ARM usam RISC (Reduced Instruction Set Computer; em tradução livre, “computador com um conjunto reduzido de instruções”). Esta é uma arquitetura que lida com instruções mais simples, dependendo que as linhas de código sejam mais diretas, e sendo mais econômico em termos de uso de energia.

Por sua vez, processadores x86 usam CISC (Complex Instruction Set Computer; em tradução livre, “computador com um conjunto de instruções complexas”), arquitetura capaz de realizar tarefas mais complexas, mas que tem um gasto de energia superior.

Já existem alguns notebooks com processadores Qualcomm, que usam a microarquitetura ARM. Eles oferecem uma ótima duração de bateria, conseguindo ficar um dia inteiro longe da tomada, além de contarem com conectividade 4G. No entanto, são caros, com preços acima de US$ 600 (R$ 2.355, em conversão direta), e não entregam a mesma performance dos concorrentes da Intel.

O jogo, entretanto, promete virar nos próximos anos. Além da microarquitetura Cortex-A76, já há previsões para as sucessoras dela, Demios e Hercules, chegarem ao mercado em 2019 e 2020. Elas devem contar com processos de 7 nm e 5 nm, respectivamente, o que resultaria em uma capacidade de processamento superior, com acréscimos de desempenho por volta de 15%.

Claro, benchmarks nem sempre se traduzem em experiência de uso melhor, mas, pelo que a Arm vem prometendo, é bastante provável que seu próximo notebook tenha um chip com a arquitetura da empresa, com bom desempenho e duração de bateria bem mais longa.

[TechCrunch, ZDNet, Quora, Android Authority]

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