Ciência

Arqueólogos encontram balas de chumbo mordidas por soldados nos EUA

Segundo pesquisadores do Museu Colonial Williamsburg, os soldados mastigavam as balas de chumbo, que tem um sabor doce, para aliviar a dor ou a ansiedade
Imagem: Freepik/Reprodução

Arqueólogos desenterraram balas de chumbo que foram mordidas por soldados em um quartel general secreto no leste do estado da Virgínia, nos Estados Unidos.

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Este local, que teria sido incendiado pelo exército britânico em 1781, durante da Guerra de Independência dos EUA, foi localizado graças a mapas do século XVIII e outros documentos históricos.

Durante as escavações, os pesquisadores encontraram não apenas tijolos que datam de 1776 a 1777. Além disso, também ferragens de armas, cerâmicas e adornos pessoais dos soldados, como fivelas de cinto de metal e botões de vidro.

Porque eles mastigavam balas de chumbo?

A descoberta mais intrigante, no entanto, foram as balas de chumbo crivadas de marcas de dentes. Pesquisadores do Museu Colonial Williamsburg sugerem que essas marcas são símbolo da dor e do estresse enfrentados pelos combatentes.

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Muitas vezes, os soldados mastigavam o chumbo, que tem um sabor doce, para aliviar a dor ou a ansiedade durante as batalhas.

A Guerra de Independência dos Estados Unidos foi o conflito gerado entre as Treze Colônias e a Inglaterra pela independência estadunidense. Ela aconteceu entre 1775 e 1783.

O complexo militar, estimado entre 1,2 a 1,6 hectares (cerca de 1,6 km), era grande o suficiente para abrigar até dois mil soldados e 100 cavalos. A escavação inicial realizada no verão de 2023 e revelou tijolos e artefatos de meados de 1700 e bases de chaminés intactas.

No entanto, sua existência foi curta, pois Charles Cornwallis, um general do exército britânico, e suas tropas incendiaram o quartel enquanto avançavam para a Batalha de Yorktown.

O local da escavação está atualmente protegido, enquanto um complexo esportivo está sendo construído nas proximidades. Assim, os artefatos encontrados estão ajudando os historiadores a compreender melhor as práticas militares e a vida cotidiana dos soldados da época.

Os especialistas esperam que, à medida que escavam seções adicionais do quartel, descubram mais sobre o modo de vida dos soldados do Exército Continental no final da década de 1770.

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Gabriel Andrade

Gabriel Andrade

Jornalista que cobre ciência, economia e tudo mais. Já passou por veículos como Poder360, Carta Capital e Yahoo.

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