Em uma região próxima à famosa cidade de Luxor, arqueólogos do Egito e dos Estados Unidos descobriram uma antiga tumba nunca aberta, com 11 sepulturas com ossos de adultos e crianças. Além dos esqueletos, os arqueólogos encontraram um conjunto de joias com fabricação detalhada e figurinos egípcios descritos como uma “importante descoberta”.
De acordo com o Ministério de Turismo e Antiguidades do Egito, a tumba tem 3.900 anos, datando durante o reinado de Sesóstris I, o auge do período do Império Médio.
No entanto, conforme o comunicado, na última sexta-feira (1º), os arqueólogos encontraram a tumba na necrópole El-Assasif, próxima ao templo mortuário de Hatshepsut, na margem esquerda do Nilo, em Luxor, no sul do Egito.
Tanto o templo quanto a necrópole foram construídos após o Império Médio. Mas, na tumba, os arqueólogos encontraram sepulturas de cinco mulheres, dois homens e três crianças, sugerindo uma tumba familiar usada por gerações durante a 12ª e 13ª, ambas do Império Médio.
Artefatos egípcios em tumba nunca aberta
Mohamed Ismail Khaled, secretário-geral do Conselho Superior de Antiguidades no Egito, afirmou que enchentes na era antiga destruíram a maioria dos caixões de madeira.
Contudo, a tumba conseguiu preservar joias nas sepulturas das mulheres, encontradas intactas pelos arqueólogos. Entre as joias, chama a atenção um colar composto por 30 ametistas e um amuleto com a cabeça de um hipopótamo.
Os arqueólogos também encontraram dois espelhos de cobre, contendo um desenho de Hathor, deusa do céu, das mulheres e da fertilidade no Egito Antigo.
Aliás, a descoberta da tumba nunca aberta é importante para o governo egípcio. Isso porque as autoridades se esforçam para atrair mais turistas após a instabilidade política no país, que começou em 2011.
Por isso, no mês passado, o mega projeto Grand Egyptian Museum inaugurou 12 corredores exibindo artefatos faraônicos.
Além disso, no ano passado, arqueólogos egípcios anunciaram a descoberta da primeira necrópole de Luxor.