Cientistas encontraram a maior árvore da Amazônia durante a 5ª edição do projeto que mapeia essas gigantes no estado. Trata-se de um angelim vermelho (Dinizia excelsa Ducke) de 88,5 metros de altura localizado na região do Rio Jari, na divisa entre os estados do Amapá e Pará.
Para ter uma ideia, a árvore é três vezes maior que o monumento Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. Ela possui uma circunferência de 9,9 metros e parece estar em pé há 400 anos. Estudos para determinar a idade exata da planta já estão sendo realizados.
A árvore gigante havia sido identificada pela primeira vez via satélite em 2019. Na época, pesquisadores tentaram chegar até o angelim vermelho, mas tiveram que abortar a missão por falta de tempo, combustível e alimentação.
Dessa vez, um grupo formado por 20 cientistas e voluntários amapaenses da região de Laranjal do Jari saiu preparado para encontrar a árvore – e conseguiu. Foram dez dias de expedição durante o mês de setembro até que a equipe chegasse no espécime.
Os pesquisadores explicam que a região do Rio Jari é diferenciada devido à baixa incidência de ventos e insolação direta, que se somam à quantidade regular de chuvas e solos profundos e bem estruturados. Por conta disso, esse é um local em que diversas árvores gigantes já foram identificadas.
As árvores da Amazônia têm, em média, entre 40 e 50 metros. Para fins de comparação, as maiores árvores do mundo são as sequoias-gigantes, que podem medir de 85 a 110 metros de altura. Essas podem ser encontradas no hemisfério norte.
O angelim vermelho da floresta amazônica está dentro de uma unidade de conservação e, por conta disso, corre menos risco de sofrer com a ação ilegal de madeireiros. A árvore é um grande sumidouro de carbono, o que torna sua proteção essencial dentro de um cenário de mudanças climáticas.