A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 10% dos adultos vivam atualmente com diabetes em todo o mundo. Buscando encontrar uma forma de diminuir o risco de diabetes, cientistas descobriam que um medicamento simples pode ser a chave para uma ocorrência menor da doença.
Uma nova investigação mostra que o uso de aspirina em doses baixas (cerca de 100 mg por dia) entre adultos está associado a um risco 15% menor de desenvolver diabetes tipo 2.
Os autores do estudo, liderados pela professora Sophia Zoungas, da Escola de Saúde Pública e Medicina Preventiva da Universidade Monash, na Austrália, afirmam que os resultados mostram que agentes anti-inflamatórios como a aspirina merecem estudos mais aprofundados na prevenção da diabetes.
Este estudo investigou o efeito do tratamento randomizado de aspirina em baixas doses no diabetes incidente e nos níveis de glicose plasmática em jejum (FPG) entre adultos.
“O tratamento com aspirina reduziu a incidência de diabetes. Também retardou o aumento da glicemia de jejum ao longo do tempo entre adultos inicialmente saudáveis”, disse a especialista ao News Medical.
Diabetes nas Américas
A diabetes é uma doença crônica, metabólica, caracterizada por níveis elevados de glicose no sangue. A tipo 2 é a tipo mais comum, que geralmente ocorre em adultos quando o corpo se torna resistente ou não produz insulina suficiente. Já a diabetes tipo 1 ocorre quando o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina por si só.
Além disso, a doença é a sexta causa de mortalidade nas Américas e foi responsável por mais de 284 mil mortes em 2019. Também é a segunda maior causa de incapacidade na região, precedida apenas pela doença isquêmica do coração.
Ela é a principal causa de cegueira em pessoas de 40 a 74 anos, amputações de membros inferiores e doença renal crônica. Além disso, triplica o risco de morte por doença cardiovascular, doença renal ou câncer.
Embora a diabetes tipo 1 não possa ser prevenida, pode ser controlada. Entretanto, há medidas disponíveis para prevenir a diabetes tipo 2, incluindo políticas e programas para promover a boa saúde e nutrição, exercícios regulares, evitar o fumo e controlar a pressão sanguínea.