Assassin’s Creed Syndicate terá Londres vitoriana e a missão de nos empolgar com a série de novo
“Algumas pessoas levaram para o pessoal; outros tomaram pra si a responsabilidade de que cometeram erros. Ao mesmo tempo eu sinto pelo fãs que sentiram que, de alguma forma, o jogo não atingiu as suas expectativas… isso é também decepcionante”, fala o diretor Ashraf Ismail no vídeo de anúncio do Assasssin’s Creed nosso de todo ano e que em 2015 se chamará Syndicate.
Ismail fala dos problemas técnicos e de bugs que caíram sobre Unity, o Assassin’s Creed nosso de todo ano de 2014 e o que fica claro é que o novo jogo terá a dura missão de reconquistar a confiança perdida, principalmente depois daquilo que já foi mostrado de Syndicate não empolgar tanto assim.
Muitos já devem saber do mais que vazado Assassin’s Creed Syndicate. Informações sobre o jogo começaram a “cair na net” no fim do ano passado, quando ainda se chamava Assassin’s Creed Victory e tudo se mostrou verdadeiro no anúncio oficial feito pela Ubisoft nesta terça-feira (12).
Para quem não está ligado, vale um breve resumo do que já foi revelado do jogo. Assassin’s Creed Syndicate será lançado em 23 de outubro para PS4 e Xbox One (a versão de PC virá em uma data posterior, mas ainda esse ano) e após a revolução francesa de Unity, a série agora se ambientará na revolução industrial da era vitoriana de Londres.
O jogo se passa em 1868 e terá dois protagonistas, os irmãos assassinos Jacob e Evie Frye e essa novidade fará com que o jogador tenha duas experiências diferentes no jogo, segundo a Ubisoft. Jacob com o jeitão mais tradicional da série e Evie sendo em missões stealth.
Como muitas dessas informações eram conhecidas por causa dos vazamentos, a Ubisoft resolveu chamar a atenção mostrando logo vídeos de gameplay e apresentando as novidades no jogo.
Uma delas apresenta o protagonista Jacob Frye e suas novas armas de assassino.
Já este vídeo mostra uma missão, em um estágio de pré-alpha do jogo.
Os desenvolvedores citam o “melhor Assassin’s Creed já feito” e um “novo nascimento” para se referir a Syndicate, mas pelo que é visto acima, o jogo não é lá muito distante do Unity e sua falta de originalidade.
Ok, há melhorias com novos itens para escalar prédios e facilitar a movimentação pela cidade junto com o Parkour, além do combate parecer melhor também. Tudo isso é muito bem-vindo, mas os mesmos tipos de missões de dominar território e de perseguição já dão preguiça só de assistir. Fora que fica a sensação de que essas carroças e cavalos não são lá a melhor coisa do mundo.
Esse novo esquema de controlar gangues de rua pode ser interessante? Talvez, mas precisamos ver na prática para comprovar. Por fim, a Londres de Syndicate parece nada mais do que a Paris de Unity, mas com uma skin diferente (e felizmente sem os amontoados de transeuntes aleatórios).
Claro, ainda pode haver mais coisas interessantes escondidas naquela cartola de Jacob Frye. Afinal esse será o primeiro Assassin’s Creed principal feito pela Ubisoft Quebec (todos os outros até agora eram crias da Ubisoft Montreal), mas saber que o estúdio é auxiliado por outras 9 desenvolvedoras espalhadas pelo mundo, tal qual foi Unity, e em um ciclo de desenvolvimento menor, de dois anos, não é um bom sinal.
Nada do que foi mostrado até agora parece empolgar ou tentar reconquistar a confiança perdida e mesmo a ambientação em um período histórico tão rico como a era vitoriana pode ser facilmente desperdiçada — Unity já provou isso com a Revolução Francesa.
E todo esse ceticismo está vindo de um fã da série — daqueles que não acham Assassin’s Creed III uma abominação e que, apesar de tudo, platinou Unity no ano passado. Na verdade, faço parte do problema daqueles que todo ano compram todos os Assassin’s Creed lançados e ainda assim Syndicate tem um longo caminho para fazer com que eu me interesse por ele. E com certeza não estou sozinho nessa.