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É assim que um único assento de avião pode custar US$ 300.000 às companhias aéreas

Há uma corrida espacial entre as companhias aéreas para projetar assentos mais chiques para a primeira classe e a classe executiva.

Massagistas! Portas deslizantes! Airbags! Há uma corrida espacial entre as companhias aéreas para projetar assentos mais chiques para a primeira classe e a classe executiva. E todo esse luxo tem um custo para as empresas aéreas – que ultrapassa facilmente o preço de uma casa.

A demanda por assentos “totalmente reclináveis” está aumentando rapidamente, em parte porque muitas companhias aéreas perceberam que cobrar mais pelo design do assento e outras regalias de cabine é algo extremamente lucrativo, mais do que tentar enfiar assentos extras na classe econômica.

Essas empresas estão chegando a um limite. A companhia aérea não pode cobrar extra por muito mais coisas – já bastam a bagagem extra, espaço a mais no assento, e até comida. Ela não pode alterar a quantidade de espaço no avião. Ela não pode alterar a velocidade. Ela pode, no entanto, mudar a única coisa com que todo passageiro realmente se preocupa: o assento.


Suíte de primeira classe em Boeing 777-200LR da Emirates (Altair78/Wikimedia)

Por isso, a indústria da aviação vem adotando novos modelos de assento “premium”, que são tão complicados e elaborados que “normalmente custam de US$ 150.000 a US$ 300.000”, segundo um consultor diz à Bloomberg. Ele explica que estes assentos “pode ​​exigir muito recabeamento, alterações de canalização e reforços no piso da cabine.”

A tendência de assentos cada vez mais extravagantes vem pegando entre companhias aéreas dos EUA, como o New York Times explicou em 2013:

Poucas destas inovações ocorreram em companhias americanas, que ficaram presas em uma luta pela sobrevivência ao longo da última década. O modelo de negócio delas se resumiu a amontoar tantas pessoas quanto possível em aviões, sobrando pouco dinheiro para gastar em novos designs. Mas isso está começando a mudar.

Uma reportagem recente da Bloomberg descreve como uma falta de assentos de classe executiva para o Dreamliner 787 prejudicou o cronograma de produção da Boeing. Como resultado, a empresa deixou estacionados dois aviões totalmente novos em um aeródromo no Deserto de Mojave, famoso por abrigar os restos de aviões comerciais e militares.

A fabricante de assentos em questão é a Zodiac Aerospace, especializada no desenvolvimento de produtos e ambientes internos que são instalados dentro de aviões comerciais.


Primeira classe na Etihad Airways

Sim, existem estúdios de design que se concentram em assentos de avião, especializando-se em detalhes que parecem absurdos para quem voa de classe econômica. Por exemplo:

E isso não conta toda a ciência dos materiais e engenharia empregadas em criar assentos leves e duráveis o suficiente para não consumir muito combustível nem tempo (quando precisarem de reparos). À luz de tudo isso, não é surpreendente que um desses assentos possa custar US$ 300 mil a uma companhia aérea.

Imagem inicial por Google/Air France

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