_Ciência

Associação de nutrição reprova 18 creatinas à venda no Brasil; veja lista

10 das marcas reprovadas não continham nenhuma grama de creatina, de acordo com levantamento da Abenutri

Associação de nutrição reprova 18 creatina à venda no Brasil; veja lista

Suplemento alimentar utilizado para auxiliar no ganho de massa muscular, a creatina se tornou uma aliada de quem frequenta academias. Porém, um novo estudo da Abenutri (Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais) sobre as marcas do produto disponíveis no mercado brasileiro revelou que nem todas elas são confiáveis.

Isso porque, dos 88 produtos que passaram pela avaliação, o resultado foi a reprovação de 18 marcas. Além disso, dentre o total, 10 não continham nenhuma grama de creatina. Com isso, as porcentagens representam 77% de aprovados, 23% de reprovados e 56% dos reprovados com variação de -100%.

O estudo foi feito a partir de uma comparação das informações do rótulo dos produtos com o conteúdo dentro da embalagem. De acordo com informações da Agência Brasil, a legislação permite uma variação de até 20% entre a indicação da quantidade de creatina e sua presença efetiva no produto.

A porcentagem se divide em 5 categorias, de 0% a 5% (com 48 marcas aprovadas); de 5,1% a 10% e 10,1% a 20% (ambas as categorias com 13 marcas aprovadas). Por fim, as categorias reprovadas estão em -100% e de -21% a 99%.

Em relação ao ano de 2023, o novo laudo apontou que dos 41% reprovados, 21% deles tiveram aprovação da Abenutri este ano.

Por outro lado, vale destacar que as empresas SUPLEY (fabricantes da Probiotica e da Max Titanium), BRG (Integralmédica e Darkness), Rainha Laboratórios (Body Action) e Dux Nutrition entraram com medidas jurídicas para a não divulgação dos resultados.

Confira na lista abaixo as marcas de creatina reprovadas:

-1oo% de variação:

-21% a 99%:

Por fim, você pode conferir a relação de todas as marcas analisadas, aprovadas e reprovadas, no site da Abenutri.

Pronunciamento da BRASNUTRI

Atualização: Na quinta-feira (17), a BRASNUTRI enviou um comunicado ao Giz Brasil dizendo discordar do “processo e a metodologia de análise” da Abenutri e alegando que a associação “não dispõe de uma área técnica qualificada que confere legitimidade à análise dos laudos”.

A associação afirmou que a Anvisa é o “único órgão oficial responsável pela regulamentação, monitoramento e fiscalização do mercado” e que oferece “uma comprovação isenta de controvérsias”. “Qualquer estudo realizado fora desses padrões não pode ser considerado legítimo e está sujeito a questionamentos quanto à sua validade”, defendeu o texto.

Por fim, a BRASNUTRI declarou ainda que “não tem qualquer interesse em proteger ou desfavorecer marcas específicas” e que seu foco “está em promover a transparência e a qualidade no mercado, garantindo que os consumidores tenham acesso a produtos seguros e que sigam rigorosamente os padrões estabelecidos pelos órgãos reguladores competentes”.

Sair da versão mobile