Pesquisadores na Universidade da Califórnia (EUA) criaram um sistema que mostra como o cérebro funciona em tempo real: isso permite ver a atividade dos neurônios disparando cargas elétricas em três dimensões.
O processo não mapeia a atividade do cérebro usando aquelas máquinas enormes de ressonância magnética. O truque aqui é ler suas ondas cerebrais usando um capacete com eletrodos, e assim “adivinhar” onde a atividade dos neurônios está mais intensa. Afinal, as ondas são geradas à medida que os neurônios transmitem sinais (em forma de energia elétrica) para outros neurônios.
Funciona assim: primeiro, os cientistas criam um modelo 3D em alta resolução do seu cérebro usando ressonância magnética. Em seguida, eles fazem um modelo estatístico que associa suas ondas cerebrais à atividade real em cada área do cérebro.
Depois, o usuário recebe um capacete de eletroencefalograma (EEG) com 64 canais, para medir os sinais cerebrais usando eletrodos no couro cabeludo. Por fim, os pesquisadores usam os dados do EEG em tempo real no modelo estatístico: a partir dele, é possível saber quais áreas do cérebro estão mais ativas. Esses dados são visualizados no modelo 3D do cérebro:
No modelo, os pulsos de luz representam o fluxo de dados entre as regiões do cérebro. As linhas douradas são feixes da substância branca, que transmitem sinais de uma região do cérebro para outra.
E cada cor representa os quatro tipos de onda cerebral: delta, produzida em sono profundo; teta, gerada em sono leve; alfa; criada quando você está acordado; e beta, que surge quando você está concentrado e atento. Essas ondas são produzidas ao mesmo tempo, e é possível medi-las com o EEG – cada uma tem frequência diferente.
Por enquanto, já conseguimos visualizar a atividade do cérebro usando um EEG. No futuro, ele nos servirá para algo ainda melhor: comandar a tecnologia com a mente. [Neuroscape Lab via Nerdcore]