O surto de Covid-19 numa subsidiária chinesa da Foxconn, maior fabricante de iPhones do planeta, deve causar um atraso significativo nas entregas de final de ano dos smartphones da Apple. De acordo com informações de analistas, o atraso nas entregas dos produtos pode ser de até 34 dias. Isso, é claro, preocupa bastante a gigante da tecnologia.
Em razão do aumento de casos de Covid-19 no país, a China impôs duras medidas restritivas para evitar o avanço das infecções, entre elas estava o confinamento de trabalhos no complexo produtivo, localizado na cidade de Zhengzhou. Durante o período, a produção foi interrompida algumas vezes. Com a medida, grande parte dos funcionários abandonaram os locais de trabalho temendo os impactos da quarentena restritiva do governo do país.
Para cumprir as metas, a Foxconn ofereceu um bônus salarial para os funcionários que aceitassem voltar ao trabalho. Tudo isso foi pensado para a empresa cumprir o acordo firmado com a Apple e não comprometer as vendas de final de ano. Mas, mesmo assim, os impactos foram graves.
Estima-se que o atraso nas entregas de smartphones pode resultar em um uma queda entre 35% e 40% das vendas no último trimestre. A situação pode ser bem difícil de recuperar no próximo ano, e pode resultar em uma queda nas ações da Apple.
Recentemente, as ações da Apple deram um salto de 9,7% após um relatório apontar que com o fim da recessão e o recuo da inflação nos Estados Unidos, o mercado da tecnologia seria um dos maiores beneficiados.
Mesmo com um possível resultado ruim, o que pode reverter a situação é o fato de a Apple ter a confiança do mercado por não depender inteiramente da venda de hardware. A companhia também conta com outros serviços, como vendas de assinaturas de armazenamento em nuvem e streaming, por exemplo.
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