Olhando à primeira vista, o laptop Aurora 7 parece ter saído diretamente de um filme dos anos 80/90 com temática hacker. Com sete telas desdobráveis, há pouca chance de alguém realmente usar um aparelho desse tipo no mundo real.
Criado pela empresa britânica Expanscape, o Aurora 7 é, por enquanto, apenas um protótipo. Contudo, foi projetado para funcionar como uma estação móvel de trabalho, embora mobilidade pareça ser a última coisa que vamos encontrar nesse dispositivo. Isso fica evidente pelo uso excessivo de peças impressas em 3D.
O Aurora 7 roda com um processador Intel i9 9900K apoiado por 64 GB de RAM DDR4 e uma placa gráfica Nvidia GTX 1060. Ele também vem com 2 TB de espaço em disco rígido e 2,5 TB de armazenamento SSD adicional, além de todas as portas necessárias para expandir ainda mais sua capacidade. Segundo a companhia, o aparelho é voltado para todo o tipo de profissão: desde desenvolvedores e criadores de conteúdo até gamersque desejam uma experiência mais envolvente com um computador.
Mas a estrela do show é o complicado mosaico de telas que inclui quatro painéis LCDs de 17,3 polegadas cada com resolução 4K (3.840 x 2.160) — dois deles em modo retrato e dois em paisagem. Há também outras três telas menores de 7 polegadas cada, todas com 1.920 x 1.200 pixels de resolução.
Possivelmente ainda mais impressionante é que todos esses displays são projetados para dobrar sobre si mesmos, criando uma espécie de pasta que pode ser carregada em uma bolsa — no caso, uma bolsa grande o suficiente para guardar um notebook de 10,9 centímetros de espessura e que pesa 11 quilos. Além disso, o Aurora 7 conta com duas baterias, sendo uma de 82 Wh, para todo o sistema, e outra de 48 Wh apenas para as telas. A autonomia total é de no máximo de 2 horas e 20 minutos.
Sim, é um aparelho grande e pesado. Mas os criadores do Aurora 7 esperam reduzir em até 3 kg o peso total quando o projeto for concluído, apesar de que, mesmo assim, continuará um dispositivo extremamente pesado e difícil de carregar por aí todos os dias.
Embora o Aurora 7 só exista na forma de protótipo, a Expanscape já está vendendo o aparelho para usuários interessados. Só que há um detalhe: os consumidores que comprarem o produto precisam assinar um termo de confidencialidade prometendo manter silêncio sobre quanto dinheiro foi pago pelo gadget. Em geral, os protótipos sempre custam mais do que uma versão pronta de um aparelho, porém é curioso notar que a companhia não quer que o valor do produto seja divulgado na internet.
Em todo o caso, produzir várias unidades reduziria significativamente os custos, mas não tenha esperanças de que o Aurora 7 tenha um preço razoável quando for lançado oficialmente ao público geral. Isto é, se algum dia for lançado, de fato.