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Aurora rosa neon surge após tempestade solar na Noruega; veja imagens

Aurora boreal cor de rosa surgiu depois que tempestade solar "rachou" o campo magnético da Terra; fenômeno durou dois minutos

Aurora rosa neon surge após tempestade solar na Noruega; veja imagens

Imagem: Markus Varik/Live Science/Reprodução

Estamos diante de um fenômeno extremamente raro – e bonito: uma aurora boreal cor de rosa, causada por uma tempestade solar. Isso aconteceu na Noruega na semana passada e as imagens são impressionantes. 

Tudo começou na última quinta-feira (3), quando uma tempestade solar causou uma rachadura temporária no campo magnético da Terra. O “buraco” criado ali permitiu que partículas energéticas penetrassem na atmosfera e colorissem o céu ao pôr do Sol. 

Um grupo de turistas assistiu ao espetáculo perto da cidade norueguesa de Tromso. Segundo eles, o fenômeno cor de rosa surgiu por volta das 18h (14h no horário de Brasília) e durou cerca de dois minutos. 

“Essas foram as auroras cor de rosa mais fortes que já vi em mais de uma década como guia turístico”, disse Markus Varik ao site Live Science. “Foi uma experiência inesquecível”. 

Veja as imagens da aurora cor-de-rosa 

Início da tempestade solar que causou a aurora boreal cor de rosa na Noruega, em 3 de novembro de 2022.

Durante a tempestade solar que causou a aurora boreal cor de rosa na Noruega, em 3 de novembro de 2022.

Final da tempestade solar que causou a aurora boreal cor de rosa na Noruega, em 3 de novembro de 2022. Imagens: Markus Varik/Live Science/Reprodução

Dados do site Spaceweather mostram que a rachadura se fechou quase seis horas depois de aberta. No período, uma incomum faixa de luz azul também apareceu nos céus acima da Suécia, onde permaneceu por cerca de 30 minutos. 

Como se formam as auroras boreais 

A coloração rosácea na aurora boreal é inesperada porque o mais comum é que elas sejam verdes. Tem um motivo: os átomos de oxigênio, que são abundantes na atmosfera, emitem essa tonalidade quando entram em choque com o vento solar. 

Mas o que aconteceu nessa última tempestade solar foi diferente. A rachadura no campo magnético da Terra permitiu que o vento solar penetrasse mais fundo na atmosfera, abaixo de 100 quilômetros de altitude. Nessa altura, o nitrogênio é o gás mais abundante. 

Isso fez com que as auroras emitissem um brilho rosa neon quando as partículas colidiram com os átomos de nitrogênio. 

As auroras se formam quando correntes de partículas altamente energéticas – conhecidas como vento solar – passam pelo campo magnético terrestre. Esse espaço, chamado magnetosfera, protege o planeta da radiação cósmica. 

Como a “barreira” é naturalmente mais fraca nos pólos norte e sul, isso permite que o vento solar deslize pela atmosfera, geralmente entre 100 e 300 quilômetros acima da superfície da Terra. É essa entrada que possibilita as belas imagens da aurora boreal. 

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