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Austrália deve se tornar 12º país do mundo a enviar foguete ao espaço em 2023

Empresa privada está trabalhando no foguete Eris, que vem tendo sucesso nos testes e deve partir da Terra em abril do ano que vem

Primeiro foguete da Austrália será lançado em abril de 2023

Imagem: Gilmour Space/Reprodução

Em 2023, a Austrália deve se tornar o 12º país do mundo a enviar um foguete próprio ao espaço. Se o feito for alcançado, o país se colocará ao lado dos EUA, Reino Unido, França, Rússia, China, Japão, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Israel, Índia e Irã.

Quem está por trás dos planos é a Gilmour Space, uma empresa de tecnologia fundada em 2012. A equipe está trabalhando no foguete Eris, que terá 23 metros de altura e pesará mais de 30 toneladas. 

O veículo deve ser finalizado em março, com lançamento previsto para abril. O evento está planejado para ocorrer em um local perto de Bowen, no norte do estado australiano de Queensland. 

A Gilmore Space está confiante que irá cumprir os prazos, já que o motor do foguete passou na fase final de qualificação e atingiu o desempenho de duração da missão necessário para chegar ao espaço. 

O veículo conta com cinco motores e, no último teste, a equipe concluiu que cada um deles poderia gerar até 115 kilonewtons de empuxo – o suficiente para carregar três ou quatro SUVs, como disse o fundador Adam Gilmour à revista New Scientist.

A empresa está se precavendo: caso o primeiro lançamento falhe, já há um segundo foguete sendo desenvolvido, que poderá ser aprimorado e melhorado após o teste inicial. 

Neste primeiro momento, a equipe pretende enviar apenas um satélite leve ao espaço, colocando-o na órbita baixa da Terra. No futuro, a Gilmour Space deve construir foguetes maiores, capazes de transportar cargas de até mil quilos em órbita baixa. A equipe pretende ainda construir foguetes capazes de transportar astronautas ao espaço até 2026. 

De toda forma, o sucesso da empresa com o foguete Eris já será positivo para a Austrália. Com ele, o país terá mais autonomia na hora de lançar satélites ao espaço, sejam eles voltados a comunicação ou observações planetárias. Além disso, esse será um atrativo para outros países que queiram colocar objetos em órbita.

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