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Australianos correm contra o tempo para salvar inscrições antigas em árvores

Ao todo, 12 baobás australianos estão sob observação dos cientistas. Árvores são importantes por preservarem história da população aborígene

Australianos correm contra o tempo para salvar inscrições antigas em árvores

Imagem: Wikimedia Commons/Reproduçao

Um grupo de pesquisadores está correndo contra o tempo para salvar inscrições antigas feitas em baobás localizados em uma área remota do deserto de Tanami, na região Norte da Austrália. Ao todo, 12 árvores estão sob observação dos cientistas.

O baobá australiano apresenta algumas características diferentes das árvores encontradas no continente africano. Uma das especificações que tornam a preservação dessas árvores uma questão preocupante está no tempo de vida.

“Costuma-se dizer que os baobás vivem até 2 mil anos, mas isso tem como base as idades de alguns dos enormes baobás da África do Sul, que são uma espécie diferente”, disse a professora Sue O’Connor, da Universidade Nacional Australiana, ao Heritage Daily. “Simplesmente não sabemos quantos anos os baobás australianos têm”, diz a pesquisadora.

Composta por cientistas das Universidades Nacional Australiana, da Austrália Ocidental e de Canberra, a equipe trabalhou ao longo de mais de dois anos para identificar as 12 árvores.

As esculturas presentes no baobá são importantes para compreender melhor o passado da população aborígene na ilha. No passado, clãs aborígenes usavam as árvores como local para marcações — geralmente, escrituras sobre a paisagem local e animais que tinham significados próprios para eles.

Imagem de um baobá australiano com inscrição aborígene no tronco.

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