Pedalei uma bicicleta na água e foi incrível
Andar na água? Que nada. Eu pedalei na água. E foi maravilhoso.
Tudo bem, este veículo aquático não tem rodas. Ele foi projetado e construído pela Schiller para ser usado em rios, lagos e no mar. A empresa lançou o veículo em agosto, dez meses após o fundador Judah Schiller aparecer em jornais por pedalar pela Baía de San Francisco. Seu equipamento na época era um “sistema de flutuação” de 20 anos de idade preso a uma correia de bicicleta. Mas o sucesso daquela jornada o encorajou a criar uma máquina para esse fim. E assim surgiu a X1.
Visitei Schiller e o diretor técnico da empresa, Marcus Hays, em Sausalito, um pequeno enclave costeiro pouco após o Golden Gate. Era um dia nublado em San Francisco, e não parecia que o sol ia sair até que as nuvens se dissiparam enquanto eu atravessava a ponte. Estava feliz por experimentar a X1. Me disseram que não me molharia durante o teste. Não posso dizer que estava totalmente convencida.
A X1 estava desmontada quando eu cheguei. Ao todo, suas peças pesam 25 kg e incluem uma armação branca que parece algo tirado de uma academia de ginástica de filme de ficção científica.
No geral, montar é um processo simples – mas não simples o suficiente para que eu conseguisse fazer sem ter um manual. Bombear um par de flutuadores que se prendem à armação foi o que me deu mais trabalho.
E então ela estava montada. E eu pronta para pedalar. Perguntei o que eu precisava saber quando estivesse na água. “Nada”, foi a resposta simultânea. Schiller e Hays carregaram a embarcação para o cais e jogaram na água. Eu subi nela. Agarrei o guidão. E então comecei a pedalar. E não parei mais de sorrir.
A alegria causada pela experiência foi imediata – estimulante e calmante ao mesmo tempo – e só se intensificou conforme eu atravessava as águas abertas. Continuei instintivamente olhando por trás do meu ombro esquerdo para checar o tráfego, que é como faço quando pedalo com minha bike pelas ruas de San Francisco, mas eu estava completamente sozinha, exceto por algumas gaivotas, e aquilo era incrível.
Eu estava muito próxima da água, mas mesmo com o vento forte ao meu redor, nenhuma vez senti como se fosse cair. O que não significa que não me molhei. Eu sei por experiência própria que a Baía de San Francisco é gelada e não particularmente acolhedora, e por isso me esforcei bastante para não cair ao me apoiar nos flutuadores. Foi algo que Schiller me disse que aconteceria. Os flutuadores não tombam – não se você fica em cima deles, não se você coloca algum equipamento neles – o que faz da X1 o veículo ideal para brincar na água durante viagens de acampamento.
Uma das coisas mais legais da X1 é que ele se aproveita da força da parte inferior do corpo. Muito de nós – até quem não anda de bicicleta – tem muito mais força nas pernas do que nos braços, o que pode ser bem complicado para quem anda de caiaque, por exemplo. A equipe de Schiller quis garantir que fosse simples para todo mundo. E assim, é extremamente fácil pedalar na X1, mais ou menos como pedalar uma bicicleta em uma superfície plana.
Virar o guidão de um lado para o outro cuidava da direção, e era possível pedalar para frente e para trás. Com o risco de soar brega, eu me senti em paz como há muito tempo não sentia.
Não estava com relógio ou smartphone, então não sei dizer quanto tempo fiquei por lá. Mas sei que continuaria por muito mais tempo. Quando finalmente voltei para o cais, minhas bochechas doíam de tanto sorrir. Foi ótimo.
Como fazer para conseguir um desses? Infelizmente, ela não é nada barata – a X1 custa US$ 6.495, e ainda não é exatamente uma versão final. Schiller espera que sua criação inicie uma comunidade mais robusta de bicicletas aquáticas, com mais opções no futuro. Eu realmente espero que faça isso mesmo.