Biólogos salvam ovo trincado e arara-azul em extinção nasce no Zoo de SP
Uma arara-azul em extinção nasceu no Zoológico de São Paulo depois que biólogos salvaram o ovo dentro do ninho, já com a casca trincada. A ave é uma arara-azul-de-lear, espécie da caatinga baiana classificada como EN (Em Perigo de Extinção) pela IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza).
O filhote estava em um dos três ovos colocados pelo casal de araras Maria Clara e Francisco, mantidos no zoológico. Dois dos ovos, porém, foram quebrados acidentalmente pelos pássaros.
O terceiro ovo de arara-azul ficou rachado e foi levado pelos biólogos para incubação artificial, pois havia risco de contaminação. Deu certo: o filhote sobreviveu e nasceu no final de fevereiro, com 20,5 gramas – peso que equivale a cinco moedas de 25 centavos.
Desde o nascimento, a arara filhote está em observação, com alimentação e tratamento apropriados por biólogos e veterinários.
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A arara-azul ainda não tem nome, pois só será possível saber o sexo depois de exame de DNA. O animal é irmão de Teobaldo, a primeira arara a nascer no país, em 2015, através do programa de preservação.
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Família de arara-azul
As araras Maria Clara e Francisco foram vítimas do tráfico de animais. Elas chegaram ao Zoológico de São Paulo em 2004, após apreensão da Polícia Federal e Ibama.
Desde então, o casal teve 17 filhotes. Os agentes de preservação soltaram duas delas no Parque Nacional do Boqueirão da Onça, na Bahia, o habitat original da espécie.
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O Zoológico de São Paulo é um dos apoiadores do projeto de conservação do Cemave (Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres).
O programa quer estabelecer uma quantidade suficiente para reserva genética e preservação das espécies e subsidia o programa de revigoramento populacional, ou seja, o aumento do número de animais em seu habitat original.