O Brasil avança na construção do centro internacional de segurança para a Amazônia, em Manaus, que visa unificar as ações das nações amazônicas para proteger a floresta.
De acordo com a agência de notícias Reuters, essas ações conjuntas envolvem colaborações no policiamento, inteligência e em buscas por criminosos em fuga.
O centro internacional de segurança da Amazônia foi proposto em agosto do ano passado, durante a Cúpula da Amazônia, o encontro dos oito países membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA).
Com sede em Manaus, o centro de segurança receberá oficiais das polícias dos países da OTCA, sob a liderança de Humberto Freire, que comanda a Diretoria da Amazônia e Meio Ambiente da Polícia Federal (DAMAZ).
À Reuters, Freire afirmou que o centro focará no combate diversos tipos de crimes. Segundo Freire, haverá ações contra tráfico de drogas, contrabando de madeira e animais exóticos, pesca ilegal, desmatamento e crimes ambientais.
Segundo Freire, o centro de segurança internacional vai dar uma atenção maior ao combate do garimpo ilegal em terras indígenas, como na Reserva Yanomami.
O Centro de Cooperação Policial Internacional deve começar a operar ainda no primeiro trimestre deste ano. O Fundo da Amazônia financiou a construção do centro, que custou R$ 9 milhões.
Tecnologia para rastrear ouro
Com o funcionamento do centro de segurança da Amazônia, o Brasil vai compartilhar uma tecnologia importante com as outras nações amazônicas. Essa tecnologia, desenvolvida pela Polícia Federal, visa identificar o “DNA do Ouro”, usando radioisótopos para determinar a origem do ouro dos garimpos ilegais.
A tecnologia compara partículas de metal, minério ou terra com amostras de vários locais de garimpo em todo o Brasil. De acordo com a Polícia Federal, esse processo abrangente de mapeamento que está próximo da fase de conclusão.
Além disso, Humberto Freire mencionou que o Brasil vai incentivar os membros da OCTA na criação de mapeamentos similares em seus respectivos países.
A PF desenvolveu a tecnologia em parceria com a USP. A iniciativa conta com R$ 50 milhões do Fundo da Amazônia para comprar um scanner de radioisótopo e dispositivos portáteis para identificação de radioisótopo para portos e aeroportos.