Brasil investe meio bilhão de reais para Embraer fabricar carro voador
Através do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento), o Brasil investiu R$ 500 milhões na Eve Air Mobility (Eve), divisão da Embraer, para fabricação de carros voadores. Veja detalhes abaixo.
Onde vai fabricar
O financiamento se destina à construção da fábrica de eVTOLs (carros voadores) da Eve, em Taubaté, no estado de São Paulo.
Anunciado na quinta-feira (15), o investimento foi feito com recursos do programa do Mais Inovação, do BNDES, para acelerar a transformação tecnológica na indústria nacional.
“O financiamento reforça o compromisso do governo do presidente Lula de apoiar projetos inovadores da indústria brasileira, como a mobilidade aérea, que utiliza alta intensidade tecnológica”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
Brasil já investiu quase R$ 1 bilhão nos carros voadores da Embraer
Criada em 2020 pela Embraer, a Eve já recebeu outros investimentos do Brasil para os carros voadores. Em 2022, o BNDES aprovou um financiamento de R$ 490 milhões “para dar apoio ao programa de desenvolvimento de eVTOL da Eve.”
Portanto, o Brasil já investiu R$ 990 milhões para Embraer fabricar carros voadores, cuja produção anual será de 480 eVTOLs na fábrica de Taubaté.
No entanto, não é apenas o Brasil que acredita no potencial dos carros voadores da Embraer. Em março deste ano, a Embraer possui o maior número de cartas de intenção do mercado, com 2.900 encomendas de 30 clientes em 13 países.
Caso todos os clientes fechem os contratos, a Embraer vai lucrar US$ 14,5 bilhões com as vendas do seu carro voador.
Em julho, quando anunciou o seu primeiro protótipo, a EVE recebeu US$ 94 milhões de outros investidores da empresa, incluindo a Embraer, permitindo a fabricação do carro voador até, pelo menos, 2027.
Agora, o financiamento do governo do Brasil será fundamental para construção da fábrica da Embraer, de acordo com Johann Bordais, CEO da Eve.
De acordo com comunicado da Eve, o financiamento do governo do Brasil se estrutura em “subcréditos de fontes domésticas e internacionais”. O financiamento também conta com recursos do BNDES em moeda estrangeira.
Além disso, a Embraer tem um prazo de 16 anos para pagar o Brasil pelo financiamento da produção dos carros voadores.