De acordo com o Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde, 54 pessoas já morreram por dengue no Brasil em 2024. Nos últimos dias, o estado do Rio Grande do Sul e as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo divulgaram os primeiros óbitos pela doença do ano.
No total, o número de casos prováveis da doença em todo o país é de 392.724. A última atualização aconteceu na quarta-feira (7). Por enquanto, os estados de Minas Gerais, Paraná e Distrito Federal são aqueles com maior número de vítimas.
Alta em casos de dengue no Brasil
O início do ano é um período crítico no controle da dengue, uma vez que costuma ter clima quente e chuvoso. Como o Giz Brasil já te contou aqui, o período reprodutivo do mosquito Aedes aegypti fica mais curto durante o calor, o que faz com que ele se multiplique mais rápido.
Além disso, as chuvas tendem a acumular água parada, local em que o inseto deposita seus ovos.
Embora os primeiros meses do ano sejam sempre preocupantes, em 2024 o número de casos é ainda mais alto. Janeiro deste ano tem o triplo de incidência da doença em comparação com o mesmo período em 2023.
De acordo com o diretor da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom, o surto de dengue no Brasil segue um padrão “de um grande aumento em escala global” da doença. Segundo ele, muitos países também enfrentam desafios significativos no controle da enfermidade.
Em meio ao início das comemorações de Carnaval, alguns municípios que estão em estado de emergência, como o Rio de Janeiro e Belo Horizonte, irão receber muitos turistas foliões. Assim, governos de cidades que recebem muitos turistas foliões estão realizando ações de conscientização e controle do vetor.
Cuidados necessários
Além das ações governamentais, é preciso que a população também faça a sua parte. Para prevenção da dengue, o Ministério da Saúde recomenda cuidados para limitar a reprodução do mosquito vetor.
Por exemplo, se estiver na sua própria casa, é necessário remover a água parada de recipientes que podem ser criadouros do Aedes aegypti, desobstruir calhas, lajes e ralos, além de vedar reservatórios e caixas d ‘ água.
Se for viajar, há também outros cuidados. Durante o Carnaval, os foliões que saem às ruas também devem utilizar repelente, aplicando sempre após outros produtos, como protetor solar.
Em geral, todos os repelentes que possuem registro da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) protegem contra a picada do Aedes aegypti.
Alguns deles oferecem proteção por mais tempo que outros, da mesma maneira que uns precisam de reaplicação após duas horas e outros após seis horas. Por isso, é preciso ficar de olho no rótulo para aplicar de forma e na frequência adequadas, a fim de garantir proteção durante todo o Carnaval.
Para evitar picadas durante à noite, os repelentes de tomada com aprovação da Anvisa também funcionam. E não se esqueça: se puder, utilize telas nas janelas.