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Buraco de minhoca simulado por cientistas aproxima ficção da realidade; entenda

Pesquisadores dos EUA reproduziram um buraco de minhoca em um computador quântico, simulando buracos negros e transmitindo uma mensagem entre eles

Buraco de minhoca simulado por cientistas aproxima ficção da realidade; entenda

Imagem: Pawel Czerwinski/Unsplash/Reprodução

“Interestelar”, “Stranger Things” e até mesmo “Os Vingadores” são algumas das obras da ficção que exploram o conceito de buraco de minhoca. Esse fenômeno é descrito como um caminho no espaço-tempo capaz de conectar dois pontos distantes no Universo.

Agora, cientistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia, nos EUA, conseguiram reproduzir um buraco de minhoca em um computador quântico, simulando dois minúsculos buracos negros e transmitindo uma mensagem entre eles. 

Segundo os pesquisadores, a conquista representa um pequeno passo no esforço para entender a relação entre a gravidade, que molda o Universo, e a mecânica quântica, que governa o reino subatômico das partículas.

Vale reforçar que não estamos falando de buracos negros reais. Esse é apenas um modelo simplificado do cosmos criado graças a tecnologia, mas que é consistente com a teoria da relatividade geral de Einstein. 

O buraco de minhoca, inclusive, também é chamado de ponte Einstein-Rosen, em homenagem aos dois físicos que o descreveram em 1935 – Albert Einstein e Nathan Rosen. 

E como funciona a transmissão? Físicos teóricos da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, sugeriram no passado que, para enviar uma mensagem por um buraco de minhoca, seria necessário utilizar uma pequena dose de energia negativa na extremidade de saída da passagem para manter sua escotilha aberta e permitir o escape das informações.

Não existe energia negativa na física clássica, mas na teoria quântica sim. Foi isso que a equipe fez. A simulação ocorreu em um computador Sycamore 2 do Google, que possui 72 qubits – unidade básica de informação em um computador quântico. Foram utilizados apenas nove qubits para limitar a quantidade de interferência e ruído no sistema. Os resultados foram publicados na revista científica Nature.

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