Ciência

Buraco na camada de ozônio atinge 3 vezes o tamanho do Brasil

Causa do buraco na camada de ozônio está relacionada à emissão de substâncias fabricadas pelo homem que acabam o destruindo a proteção natural que a Terra tem
Imagem: Copernicus Sentinel/Reprodução

Em volta da Terra, há uma frágil camada de um gás chamado ozônio (O3), que nos protege dos raios ultravioleta emitidos pelo Sol. Essa camada, entretanto, tem sido destruída pelas atividades humanas, e já conta com um buraco com cerca de 3 vezes o tamanho do Brasil.

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Segundo medições do satélite Copernicus Sentinel, o buraco atingiu um tamanho de 26 milhões de km quadrados em setembro deste ano.

É importante lembrar que o tamanho do buraco na camada de ozônio varia regularmente. Normalmente, de agosto a outubro, o buraco na camada de ozono aumenta de tamanho – atingindo um máximo entre meados de setembro e meados de outubro.

Já quando as temperaturas elevadas na estratosfera começam a subir no hemisfério sul, a destruição do ozono abranda. No final de dezembro, os níveis de ozono voltam ao normal e o buraco normalmente tende a se fechar.

Medições de satélite mostram o buraco na camada de ozônio sobre a Antártida. Imagem: Copernicus Sentinel/Reprodução

Medições de satélite mostram o buraco na camada de ozônio sobre a Antártida. Imagem: Copernicus Sentinel/Reprodução

O que destrói a camada de ozônio?

Segundo a ONG World Wide Fund for Nature (WWF), desde que o buraco na camada de ozônio foi descoberto, em 1977, os registros acumulados mostram que a camada de ozônio está se tornando mais fina em diversas partes do mundo — principalmente nas regiões do Polo Sul e, recentemente, do Polo Norte.

A causa está relacionada à emissão de substâncias fabricadas pelo homem que reagem com o ozônio e o destroem. Além disso, muitos dessas emissões também contribuem para o aquecimento global.

Quais os problemas causados pelos raios ultravioleta?

Apesar de a camada de ozônio absorver a maior parte da radiação ultravioleta, uma pequena porção atinge a superfície da Terra. E é justamente essa radiação que acaba provocando o câncer de pele.

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) calcula que cada 1% de perda da camada de ozônio cause 50 mil novos casos de câncer de pele e 100 mil novos casos de cegueira, causados por catarata, em todo o mundo.

Além disso, a radiação ultravioleta afeta também o sistema imunológico, minando a resistência humana a doenças como herpes. E os seres humanos não são os únicos atingidos pelos raios ultravioleta.

Todos as formas de vida, inclusive plantas, podem ser debilitadas. Acredita-se que níveis mais altos da radiação podem diminuir a produção agrícola, o que reduziria a oferta de alimentos. A vida marinha também está seriamente ameaçada, especialmente o plâncton (plantas e animais microscópicos) que vive na superfície do mar.

Gabriel Andrade

Gabriel Andrade

Jornalista que cobre ciência, economia e tudo mais. Já passou por veículos como Poder360, Carta Capital e Yahoo.

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