Uma mina de potássio na região de Perm, na Rússia, entrou em colapso, deixando para trás um enorme buraco – com 30 m de largura máxima – no meio de uma cidade abandonada. É assustador, mas essa não é a verdadeira má notícia.
Ela está ligada a outra mina, que fica a poucos quilômetros de distância, bem embaixo de uma cidade cheia de pessoas e casas. Especialistas dizem que ela pode entrar em colapso também.
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Segundo o RT.com, nesta semana a mina de potássio Solikamsk-2, da empresa russa Uralkali, foi evacuada por causa de um súbito influxo de água salgada. Em seguida, apareceu o buraco, provando como o terreno é instável. Ele tem 30 m de largura, e deve aumentar para até 60 m nos próximos dias.
Um túnel subterrâneo liga Solikamsk-2 à mina Solikamsk-1, que fica debaixo de uma cidade habitada. Ela terá que ser evacuada caso a água inunde a outra mina. Mas Sergey Devyatkov, prefeito da cidade, diz que “não há necessidade de falar sobre a primeira mina agora. Tudo está bem lá.” Então tá bom.
O RT lembra que este não é o primeiro incidente envolvendo a russa Uralkali. Em 2006, uma mina da empresa foi fechada por receber influxo de água, criando um buraco de 390 m na cidade de Berezniki, também na região de Perm.
Na mesma cidade, surgiu outro buraco em 2011, desta vez com 137 m de largura máxima.
Estes fenômenos geológicos se chamam ravinas (ou voçorocas) e se formam devido à erosão, quando a água remove uma camada subterrânea do solo – em geral algo solúvel, como calcário ou mantos de sal.
Aqueles misteriosos buracos na Sibéria muito provavelmente não são ravinas: a explicação mais provável é que sejam o resultado da fuga violenta do gás natural, à medida que o gelo derrete no solo.
Imagens por Uralkali press service