O que a onda de grandes contas hackedas no Twitter pode nos ensinar

Quem segue a conta americana do Burger King no Twitter (ok, provavelmente ninguém) tomou um susto — e deu umas risadas — anteontem, quando viu que a conta estava com um logo, nome e imagem de header do… McDonald’s. Não, não era nenhuma palhaçada do Ronald McDonald: a conta foi mesmo hackeada por alguém disposto […]

Quem segue a conta americana do Burger King no Twitter (ok, provavelmente ninguém) tomou um susto — e deu umas risadas — anteontem, quando viu que a conta estava com um logo, nome e imagem de header do… McDonald’s. Não, não era nenhuma palhaçada do Ronald McDonald: a conta foi mesmo hackeada por alguém disposto a causar o caos. Ontem, coisa parecida aconteceu com a conta da Jeep. Mas o que realmente aconteceu?

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Tudo já foi reestabelecido e ao que tudo indica, foi obra de um DJ chamado Tony Cunha. O Gizmodo americano descobriu evidencias suficientes de que foi ele que fez a bagunça nas duas contas. Mas, além de descobrir que foi o fanfarrão por trás da brincadeira que deve ter deixado muito funcionário das duas empresas em pânico, há algumas coisas interessantes a se notar em tudo isso.

A principal é a falta de segurança do Twitter: a rede social não tem autenticação em dois passos, coisa que o Dropbox, o Google e o Facebook já oferecem há um tempinho para os usuários. Assim, fica fácil: qualquer um que consiga a senha de uma conta pode entrar nela sem grandes problemas — e se isso parecia trivial antes, após o caso de Mat Honan e o roubo de sua vida digital, tudo mudou.

Além disso, a lentidão para tomar providências também foi notável: horas depois de hackeada, a conta do Burger King ainda ostentava até o símbolo de verified account. Pois é.

O Twitter não se pronunciou sobre os casos. Apenas um post foi publicado no blog oficial com as boas e velhas dicas para não ter sua conta invadida: use um password forte, tome cuidado com links suspeitos, não dê seu usuário e senha para qualquer um e mantenha seu computador atualizado. Ok, Twitter, anotado.

Como nota o The Verge, falhas de segurança são um assunto delicado, ainda mais para uma plataforma que tem tentado atrair celebridades.

O curioso é que depois que as equipes do Burger King e da Jeep conseguiram voltar ao poder de suas contas, algo bem diferente (além das piadas) surgiu: o número de seguidores. “Ah, muita gente deve ter dado unfollow, certo?”

Errado. Eles ganharam muitos followers durante o período em que as contas ficaram fora de controle. Vendo os gráficos do Twitter Counter, fica claro o crescimento do número no período. Os registros não são diários, mas dá para notar o aumento na inclinação do gráfico perto do dia das invasões:

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A MTV e a BET perceberam isso e, horas depois da conta da Jeep ser invadida, aproveitaram a oportunidade e armaram uma coisa parecida: fingindo ser hackeadas, as duas contas trocaram de identidade. Como esperado, muita gente caiu na pegadinha, mas a repercussão gerada não foi das melhores:

 

 

Parece que o público do Twitter adora uma bagunça, desde que o bobo não seja ele.

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