Ciência

Calor extremo pode levar à falta de luz em regiões do Brasil

Elevadas demandas por energia durante as ondas de calor podem gerar os cortes atenuar a carga, como ocorre em outros países
Imagem: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A onda de calor extremo que está atingindo diversas regiões do Brasil podem gerar interrupções no fornecimento de energia elétrica. O alerta foi feito nesta segunda-feira (13) pelo serviço de meteorologia MetSul.

Cortes localizados por problemas na rede de distribuição em razão das altas temperaturas podem acontecer no centro-oeste e sudeste.

As elevadas demandas por energia durante as ondas de calor podem gerar os cortes atenuar a carga, como ocorre em vários países do mundo, principalmente nos Estados Unidos e na Europa.

Conhecido como corte de carga rotacional, esse desligamento de energia elétrica é intencionalmente projetado. Nele, o fornecimento de eletricidade é interrompido por períodos de tempo não sobrepostos em diferentes partes do região de distribuição.

Ondas de calor

Já é a quarta que acontece no segundo semestre de 2023 que ondas de calor acontecem no Brasil. Ao que tudo indica, o calor deve continuar por mais alguns dias nesta semana.

Assim, a expectativa é de 5°C acima do normal para novembro em estados como Paraná, São Paulo, Rio De Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Tocantins, Bahia, Maranhão e Piauí.

O mês de setembro de 2023 terminou com alguns recordes quebrados. As temperaturas do mês passado foram as mais quentes em mais de 80 anos, superando a marca anterior por uma grande margem.

Para ajudar a passar por essa onda de calor, o Giz Brasil separou nesta reportagem 5 dicas para evitar o mal estar causado pelo calor de 40 graus.

Custo da crise climática

Uma pesquisa, publicada na revista Nature, apontou que a crise climática também tem um alto custo econômico: R$ 1,9 bilhão por dia.

Além disso, o valor apontado pelo estudo é cerca de US$ 16 milhões por hora, o equivalente a R$ 82 milhões. “Descobrimos que 143 bilhões de dólares por ano em custos de eventos extremos são atribuíveis às alterações climáticas. A maior parte (63%) disso se deve à perda de vidas humanas”, escreveram os cientistas no relatório.

O restante decorre da destruição de propriedades e outros bens. Assim, os anos com o maior número de perdas foram 2008, seguido por 2003 e depois 2010 – todos impulsionados por eventos de elevada mortalidade, segundo a investigação.

Gabriel Andrade

Gabriel Andrade

Jornalista que cobre ciência, economia e tudo mais. Já passou por veículos como Poder360, Carta Capital e Yahoo.

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