_Ciência

Câmeras em robôs descobrem passagem secreta em sítio arqueológico no Peru

Passagem tem 3 mil anos e revela informações sobre o início da cultura Chavín, primeira civilização altamente desenvolvida do Peru pré-colombiano

fotografia de Chavín de Huántar, onde arqueólogos encontraram e exploraram uma passagem subterrânea

Imagem: Sharon odb/Wikimedia Commons/Reprodução

Uma equipe de arqueólogos da Universidade Stanford, nos EUA, descobriu uma passagem selada de 3 mil anos de um antigo complexo de templos da cultura Chavin, no Peru.

A civilização Chavín floresceu entre os anos 900 e 200 a.C. no norte e centro dos Andes. Ela é a primeira cultura altamente desenvolvida no Peru pré-colombiano, cuja arte influenciaria culturas contemporâneas e posteriores. Seu nome vem do sítio arqueológico Chavín de Huántar, localizado a cerca de 306 km a nordeste de Lima.

John Rick, cientista que liderou a descoberta, afirmou à agência Reuters que sua equipe explorou a passagem do condor usando robôs com câmeras a bordo, tentando contornar os destroços que antes a obstruíam a entrada e evitar o risco de um novo colapso da estrutura. Ele afirma que o local oferece um vislumbre dos primeiros anos da civilização pré-inca. “O que temos aqui foi congelado no tempo.”

O lugar fica no Vale Mosna, num ponto de encontro entre dois rios. Ele é o centro religioso mais importante da civilização e um patrimônio mundial reconhecido pela Unesco desde 1985. Você pode conhecê-lo neste vídeo. Foi lá que os arqueólogos descobriram a passagem secreta – conhecida como “passagem do condor”.

A passagem recebeu esse nome justamente porque há uma peça de cerâmica de 17 kg na entrada da passagem, com entalhes de uma cabeça e asas de um condor – uma ave associada ao poder e à prosperidade nas antigas culturas andinas. As escavações também revelaram uma tigela de cerâmica na entrada da passagem.

O complexo de templos possui terraços e uma rede de passagens, descobertas só recentemente. Arqueólogos ainda vão escavar a maior parte do complexo. Acredita-se que ele leve a outras câmaras, que podem guardar mais informações inéditas sobre a cultura chavín.

Sair da versão mobile