Como o carro autônomo do Google vai enfrentar o caos das ruas das cidades grandes

Já ouvimos falar bastante sobre como os carros autônomos do Google se saem nas estradas. Mas isso é realmente impressionante? Piloto automático é um recurso que é encontrado em alguns outros carros também, então o que há de tão especial no projeto do Google? A mais recente atualização do pessoal de Mountain View sugere que […]

Já ouvimos falar bastante sobre como os carros autônomos do Google se saem nas estradas. Mas isso é realmente impressionante? Piloto automático é um recurso que é encontrado em alguns outros carros também, então o que há de tão especial no projeto do Google? A mais recente atualização do pessoal de Mountain View sugere que o veículo milagroso do Google está entrando em uma nova fase de desenvolvimento – e pode sim ser bastante surpreendente.

Em um post feito no blog oficial do Google, Chris Urmson, diretor do programa do carro autônomo, comentou algumas das mais novas habilidades do veículo. Graças a atualizações de software, o carro que dirige sozinho pode agora “detectar centenas de objetos distintos simultaneamente – pedestres, ônibus, sinais de ‘pare’ segurados por um guarda de trânsito, ou um ciclista fazendo gestos para indicar uma possível curva.” Conforme essas capacidades vão aumentando, o Google diz que o carro poderá um dia trafegar nas ruas caóticas de cidades como Nova York com facilidade.

Como o carro faz para identificar essas coisas? Usa alguns algoritmos, claro. O princípio básico que guia o software é bem simples, no entanto. O balde prateado giratório em cima do carro autônomo conta com 64 lasers que coletam informações em três dimensões em todas as direções, enquanto um radar lança ondas para cada objeto a distância de 150 metros. Também há uma câmera que observa pelo para-brisa e lê sinais de trânsito e placas nas ruas. Enquanto isso, o GPS e dados de mapeamento ajudam o carro a encontrar a melhor rota e decidir para onde ir.

O software do carro autônomo gera uma imagem que representa essas variáveis. Ela fica mais ou menos assim:

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O carro do Google é renderizado em vermelho. As linhas em roxo representam outros veículos na rua, enquanto as vermelhas são ciclistas. Pedestres estão em amarelo, e as placas de rua e semáforos são exatamente como no mundo real. Conforme o software observa o que essas peças diferentes estão fazendo em um determinado momento, ele reage aos seus movimentos e ajusta o plano de direção de acordo com eles. Como Dmitri Goldov, da equipe do carro autônomo do Google, explicou recentemente ao The Atlantic Cities, “o carro é capaz de fazer diversas coisas, mas a não ser que ele tenha certeza absoluta de que consegue lidar com determinada situação muito bem, ele vai adotar uma postura conservadora.”

O The Atlantic Cities conta com uma reportagem completa sobre como é andar nesta mais recente iteração do carro autônomo, e parece bem bacana. O carro lendo os sinais de mão dos ciclistas, por exemplo, é bem legal. Mas não é perfeito, no entanto. O carro autônomo não consegue ouvir buzinas, e não vira à direita quando o sinal está vermelho. Em alguns momentos ele hesita muito mais do que os engenheiros queriam, mas isso ainda deve melhorar. Ao menos é o que dizem os empregados do Google que demonstram a tecnologia.

Quando lembramos dos primeiros experimentos de carros autônomos da DARPA há uma década, é incrível notar todo o progresso desde então. Não faz muito tempo que essas coisas dirigiam apenas em aterros. Mas, em breve, não vai ser a tecnologia que vai impedir os carros autônomos de conquistarem as ruas do mundo. O próximo obstáculo é a legislação para eles. [Google,Atlantic Cities]

Foto via AP

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