Os carros voadores podem aparecer nos céus do Brasil mais cedo do que o esperado. Em vez de aguardar até 2026, a Eve Air Mobility — startup subsidiária da Embraer — prometeu lançar o primeiro protótipo do seu veículo elétrico de decolagem e pouso verticais (da sigla em inglês eVTOL) em tamanho real ainda este ano.
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Segundo informações do G1, a Eve vai produzir o veículo em Taubaté, no interior de São Paulo. Assim que o eVTOL ficar pronto, a empresa planeja fazer testes de voo na cidade de Gavião Peixoto, que fica a 330 km da capital.
Antes conhecida como EVE-100, a aeronave agora tem codinome interno Eve 01. De acordo com o presidente da Embraer-X, Daniel Moczydlower, o protótipo terá escala 1:1, e vai funcionar da mesma forma que o projeto final.
Até então, a Eve só tinha produzido modelos em escala 1:3 — ou seja, os veículos eram três vezes menores em comparação com o objeto no mundo real. Com a nova versão, a empresa pode iniciar o processo de certificação com a Anac.
Carro voador da Embraer será usado como táxi aéreo
O Eve 01 já tem mais de 3 mil encomendas de empresas no Brasil e no mundo. Muitas das companhias buscam os eVTOLs para realizar serviço de taxi aéreo entre cidades e aeroportos, por exemplo, em viagens que podem custar até R$ 1.000 por pessoa.
Algumas das empresas interessadas no carro voador da Embraer são a Flapper e a Revo, que oferecem translado aéreo para aeroportos por meio de um aplicativo. O problema é que, hoje em dia, as viagens são caras e custam entre R$ 2.500 e R$ 3.500 por pessoa.
A ideia é utilizar os eVTOL para reduzir os custos das viagens e acelerar o ecossistema de mobilidade urbana aérea. Os trajetos devem ficar ainda mais baratos quando estrearem os veículos totalmente autônomos, já que não será necessário ter um piloto a bordo.
Cada unidade do Eve 01 custa US$ 3 milhões (cerca de R$ 15 milhões). Inicialmente, o veículo poderá transportar quatro passageiros, com possibilidade de encaixar seis pessoas nas configurações autônomas.
A aeronave é totalmente elétrica e tem autonomia de 100 quilômetros — suficiente para operar nas principais rotas de curta distância.