Carros autônomos precisaram de intervenção humana milhares de vezes no ano passado

Relatórios sobre falhas durante testes de carros autônomos mostram que eles ainda precisam muito da ajuda humana. A boa notícia é que eles estão melhorando.

Como parte das regulamentações envolvendo os carros autônomos, qualquer empresa com permissão para testar um veículo que dirige sozinho na Califórnia, nos EUA, precisa relatar a frequência com que motoristas humanos são forçados a tomar o controle que estava com um computador. A primeira leva de relatórios foi divulgada, e as coisas não estão nem um pouco boas para as máquinas.

Ao todo, sete empresas divulgaram relatórios com “desligamentos” no período de 15 meses entre setembro de 2014 e novembro de 2015. O órgão de trânsito do Estado da Califórnia define “desligamento” quando o software do veículo falha e precisa que um humano tome controle, ou quando um motorista de testes sente que é melhor assumir o volante para evitar uma situação desastrosa.

Entre essas sete empresas, foram registrados 2.894 casos de desligamento. O Google registrou ao todo 341, enquanto a Tesla ficou no zero (0). Obviamente, não significa que em todos esses casos o carro estava prestes a bater, e o Google se defendeu usando o mesmo argumento.

Desligamentos são uma parte crucial do processo de testes que permite aos nossos engenheiros expandir as capacidades do software para identificar áreas que precisam de melhorias. Nosso objetivo não é minimizar os desligamentos; em vez disso, é de coletar, enquanto operamos com segurança, a maior quantidade de dados possível que nos permita melhorar nosso sistema de direção autônoma. Portanto, definimos os desligamentos de forma conservadora, e cada um deles é cuidadosamente registrado.

Os números sozinhos não mostram as melhorias que o Google fez na sua tecnologia de direção autônoma: o maior número (48) de desligamentos ocorreu em janeiro de 2015, quando os carros do Google dirigiram 28.000 km; em outubro, quando os carros dirigiram mais de 75.000 km, apenas 11 desligamentos foram realizados.

Os relatórios, no entanto, não falam muita coisa a favor dos carros autônomos. Para esses robôs-motoristas ganharem aceitação geral, a taxa de erros deve ser ridiculamente baixa, e 12 potenciais falhas para cada 80.000 km está longe de ser perfeito. Mas vamos ver por outro lado: em questão de 10 meses, os carros do Google ficaram 10 vezes melhores; imagina onde eles podem chegar com mais alguns anos de treinamento.

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Image via Google

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