_Internacional

Cartas codificadas contam parte da história do fim da era dos samurais no Japão

Documentos históricos do Japão foram encontrados em uma escola em Kyoto. São cartas codificadas do século 19 com conversas entre o estadista japonês Tomomi Iwakura e seus colaboradores durante a Rebelião Satsuma. Até meados do século 19, o Japão era um país feudal isolado do resto do mundo. Esse isolamento começou com o fechamento dos […]

Documentos históricos do Japão foram encontrados em uma escola em Kyoto. São cartas codificadas do século 19 com conversas entre o estadista japonês Tomomi Iwakura e seus colaboradores durante a Rebelião Satsuma.

Até meados do século 19, o Japão era um país feudal isolado do resto do mundo. Esse isolamento começou com o fechamento dos portos no século XVII, com o início da era Edo. A partir da Restauração Meiji, em 1867, o país passou por uma modernização acelerada. Isso obviamente não agradou todo mundo por lá, e diversas rebeliões de antigos samurais eclodiram pelo país. A última e mais violenta delas foi a Rebelião Satsuma, durante o ano de 1877. A maior parte das cartas foi trocada por Iwakura e líderes que combatiam a rebelião pelo governo japonês.

As cartas foram codificadas com o uso de uma tábua circular. Esta tábua consistia em dois discos rotacionáveis com 12cm e 10cm de diâmetro, respectivamente, com o alfabeto katakana. As cartas detalham movimentações e planos dos guerreiros por todo o país – Iwakura, como Ministro da Direita, cargo que só ficava abaixo do Sadaijin (ou “Ministro da Esquerda”), era o segundo homem mais poderoso a representar o imperador Meiji na condução do governo.

Os documentos foram estudados por cerca de dois anos pelo professor da Universidade de Kyoto, Kiyoshi Matsuda. O professor destaca a importância das cartas – afinal, estamos falando de um importante período de transição na história do Japão. Elas foram escritas no fim da era dos samurais, quando o Japão caminhava para se tornar um país moderno e a potência econômica que é hoje. [JapanDailyPress, The Asahi Shimbun]

Sair da versão mobile