CDCiber, o órgão de defesa do ciberespaço brasileiro, prepara-se para a Rio+20

Com uma cópia de “Cyber War”, livro de Richard Clarke, debaixo do braço, o General José Carlos dos Santos, comandante do o CDCiber (Centro de Defesa Cibernética), concedeu à Folha uma extensa entrevista sobre o status, desafios, planos futuros do órgão e os preparativos para a Rio+20. Recapitulando, o CDCiber é um órgão dentro do Exército com […]
Operador no Centro de Consciência Situacional do CDCiber.

Com uma cópia de “Cyber War”, livro de Richard Clarke, debaixo do braço, o General José Carlos dos Santos, comandante do o CDCiber (Centro de Defesa Cibernética), concedeu à Folha uma extensa entrevista sobre o status, desafios, planos futuros do órgão e os preparativos para a Rio+20.

Recapitulando, o CDCiber é um órgão dentro do Exército com o objetivo de monitorar e proteger o ciberespaço brasileiro. Falando assim parece até coisa de filme da sessão da tarde, mas a coisa é séria; dentre as questões às quais o General está atento consta o Stuxnet, vírus que infecta e reprograma sistemas de controle, dentre eles o SCADA, usado em Angra.

A entrevista passa por outros pontos como as parcerias já firmadas e em vista, a “rivalidade” com o Serpro, os ataques de negação de serviço sofridos por sites institucionais do governo brasileiro e até os planos para a criação de software nacional. Um dos principais é o DefesaBR, antivírus a ser produzido por aqui e definido pelo general como “crítico” porque, nas palavras dele, “permeia todo o software da máquina. Você tem que ter a certeza de que não tem nenhuma backdoor, nenhum instrumento de captação de ativo de informação.” Será que o Exército usa Windows XP?

Por ora exclusivamente sob o comando do Exército, mas com planos de integração com a Marinha e a Aeronáutica, o CDCiber é o “dever de casa” das Forças Armadas e posicionado como um projeto estratégico para a defesa do país. Ainda há bastante coisa a ser feita, tanto em estrutura quanto em pessoal, sem falar no desenvolvimento e aquisição de software, mas as coisas já estão acontecendo e, em junho, na Rio+20, o general Santos, que comanda o órgão, espera poder apresentar o CDCiber com o monitoramento em tempo real do evento. Será uma espécie de “treino” para a Copa e as Olimpíadas, mas tratado como final de campeonato: o Exército está colaborando na organização e sugestão da infraestrutura dos sistemas para garantir que nenhum intruso apareça de surpresa e que nenhum dado sigiloso escape.

A entrevista na íntegra você lê no link ao lado. [Folha]

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