Celebridades do vôlei: como brasileira e ucraniana quebraram a internet
Atletas do vôlei tornaram-se celebridades no TikTok e OnlyFans. Em comum, têm reconhecimento não só pelo esporte, mas pelas redes sociais. Conheça mais dessas jogadoras
A ucraniana Yuliya Gerasymova e a brasileira Key Alves têm pouco em comum exceto duas coisas: ambas são jogadoras de vôlei e têm um forte apelo nas redes sociais.
Apesar de estarem há anos nas quadras e competirem contra importantes times nacionais e internacionais, só ganharam notoriedade em plataformas como Instagram, TikTok e OnlyFans.
Gerasymova, 32 anos, da equipe turca do Karayollari Spor Kulübü, viralizou na rede social chinesa no início do ano, quando um vídeo registrou seu aquecimento antes de um jogo decisivo. Não há ansiedade pela partida, mas uma troca bem-humorada de cumprimentos com as adversárias do time polonês Developers Rzeszów ao som de “Unstoppable”, da Sia.
O registro de janeiro foi para o TikTok e ganhou mais de 100 milhões de visualizações em apenas três semanas no ar.
Já Key, 22, viu seu nome virar notícia depois de se tornar a jogadora de vôlei mais seguida do mundo, agora com 3 milhões de seguidores. Ela aproveitou o hype e criou um perfil no OnlyFans –onde lucra R$ 100 mil por mês com a venda de fotos sensuais.
Líbero reserva do seu time, o Osasco, a atleta optou por expor sua imagem nas redes para melhorar as finanças. Segundo ela, jamais ganharia este dinheiro com o vôlei –mesmo se fosse campeã olímpica.
“Sendo bem sincera, para eu conseguir um salário alto no vôlei só daqui uns dez anos. Então estou usando a plataforma sim. E me arrependeria de não usar”, afirmou em entrevista ao Universa, do UOL.
O sucesso nas redes, contudo, não substitui as batalhas enfrentadas dentro e fora da quadra. Yuliya, por exemplo, é natural de Odessa –região tomada pelas tropas russas no conflito da Ucrânia. Desde o estopim da guerra, em fevereiro, ela trocou o bom humor dos vídeos e fotos do vôlei por mensagens de paz sobre a disputa com os russos.
Em seu Instagram, ela mostrou cidades destruídas em bombardeios e pediu liberdade. Em abril, anunciou os saques pelas forças armadas russas. Na sua última foto, do final de maio, escreve: “A vida não será mais como antes, será muito melhor”.
Jornalista e mestre em Linguística. Antes trabalhei no Poder360, A Referência e em jornais e emissoras de TV no interior do RS. Curiosa, gosto de falar sobre o lado político das coisas - em especial da tecnologia e cultura. Me acompanhe no Twitter: @juliamzps
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