China cria nova regra sobre venda de eletrônicos e preocupa gigantes americanas
Conforme as tensões comerciais com os Estados Unidos vão se intensificando, a China vai se tornando cada vez mais restrita a atuação de estrangeiros em seu território. Isso já começa a preocupar as projeções financeiras a longo prazo em um dos mercados mais importantes para algumas das principais empresas de tecnologia do planeta.
Na última semana, o governo chinês enviou um ofício a empresas estatais estabelecendo novas diretrizes para a venda de dispositivos eletrônicos. A nova regra permite comercialização apenas de produtos fabricados em território nacional. Ou seja, a medida é um duro golpe para empresas que produzem bens de consumo em outros países.
Esta é mais uma etapa do plano do governo de Pequim para fortalecer a indústria local, mas que também tem se mostrado uma ameaça para empresas estrangeiras.
O mercado financeiro reagiu imediatamente ao movimento do governo chinês. As ações da Apple, por exemplo, sofreram uma queda após um aumento significativo nos dias anteriores.
China bane Apple, Google e Qualcomm
Há poucos meses, Pequim proibiu funcionários estatais de utilizarem aparelhos da Apple. O país asiático é de extrema importância para a gigante de Cupertino. De acordo com dados recentes, a China representa cerca de 19% das receitas totais da companhia.
Aliás, Tim Cook, o CEO da Apple, fez uma visita ao país no início do ano. Entretanto, desde então, as relações pioraram um pouco, o que tem levantado sérias preocupações internas para Apple. Além da marca da maçã, outras gigantes americanas, como Google e Qualcomm, por exemplo, estão sendo atingidas pelas recentes empreitadas do governo local.
A medida do governo chinês é vista como resposta a uma restrição semelhante aplicada pelo governo norte-americano e que afetou o negócio de empresas chinesas nos EUA. No ano passado, por exemplo, o governo Biden vetou a autorização de dispositivos de comunicação e Huawei e ZTE. Ele alegou que as autorizações poderiam significar um risco à segurança do país.