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China exige retirada de PCs estrangeiros de repartições do governo

País quer erradicar tecnologias estrangeiras em organizações sensíveis da China. Medida deve ser concluída em dois anos. Veja quais empresas se beneficiam

China exige retirada de PCs estrangeiros de repartições do governo

Imagem: Unsplash/Reprodução

Autoridades da China determinaram: funcionários de agências governamentais centrais e corporações estatais deixem de utilizar computadores pessoais fabricados por marcas estrangeiras. Estima-se que cerca de 50 milhões de computadores deverão ser substituídos.

Segundo apontou o Bloomberg, a medida faz parte de uma campanha que busca diminuir a dependência tecnológica da China daqueles países considerados rivais geopolíticos, como os Estados Unidos, por exemplo. Essa vulnerabilidade ficou mais evidente depois que os EUA impuseram sanções a empresas de tecnologia chinesas, como a Huawei.

A ideia é que organizações estatais usem apenas PCs fabricados na China, incluindo sistemas operacionais desenvolvidos no país. Posteriormente, a campanha deve ser estendida para governos de pequenas províncias chinesas.

Lenovo será beneficiada na China

A substituição de PCs deve impactar diretamente as vendas de produtos das marcas como HP e Dell, que perdiam em participação no mercado local apenas para a chinesa Lenovo. Porém, vale lembrar que a Lenovo ainda é dependente de chips americanos.

Desde o ano passado, uma organização secreta do país tem examinado e priorizado fornecedores locais em áreas sensíveis, que vão desde computação em nuvem a semicondutores. A Lenovo, por exemplo, montou uma unidade própria de fabricação de chips e tem investido em pelo menos 15 empresas de design de semicondutores.

Segundo fontes, as organizações chinesas têm dois anos para substituir os equipamentos estrangeiros. O movimento marca um dos esforços mais agressivos de Pequim para erradicar tecnologias desenvolvidas fora da China e que são utilizados em instituições sensíveis do país.

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